Se Maomé não vai até a Montanha…

“Diz: Ele é Deus, o Único!
Deus, O Eterno Refúgio!
Que não gerou nem foi gerado!
E nada é igual a Ele!”

[Alcorão 112:1-4]

Olá crianças,

Sei que estou em falta com vocês, mas o período de Solstícios ou Equinócios é realmente complicado em termos de rituais e compromisso para quem faz parte de tantas Ordens e Fraternidades Esotéricas. Eu já havia avisado boa parte dos leitores pelo meu Twitter (se você não acompanha ainda, follow me) e semana que vem tudo deve se normalizar. Fica faltando um post sobre o Rei Arthur e os Cavaleiros e em seguida darei continuidade com as cruzadas e principalmente as histórias secretas dos Templários.
Esta semana, peguei um texto histórico sobre Maomé escrito pelo irmão Wagner Veneziani, para completar o quadro sobre o Islamismo e preparar o terreno para as Cruzadas. Não tem muito de ocultismo nele, mas vale a pena ler em conjunto com os outros posts para aquecer.
Para quem sente falta dos textos ocultistas, tem alguns links legais no final deste post.

Acredita-se que Maomé nasceu no ano 570 d.C. em Meca, uma cidade da atual Arábia Saudita. Seu pai, que morreu antes do seu nascimento, era membro do clã Hashim da poderosa tribo Quraysh. A mãe de Maomé, Amina, morreu quando ele tinha apenas 06 anos. Ele foi morar então com o seu avô, que era o guardião da Ka’aba, templo nacional do povo árabe. Infelizmente, dois anos mais tarde seu avô também morreu, e desde a idade de 08 anos, Maomé passou a ser criado por seu tio, Abu Talib, que era um negociante junto às grandes rotas de comércio em camelos.

Passou grande parte da juventude num tempo de agitação econômica e descontentamento concernente a vasta diferença entre os ricos e os pobres. Historiadoes muçulmanos afirmam que mesmo quando menino, Maomé já detestava a adoração a ídolos, e que levava uma vida moralmente pura.

Maomé foi empregado por Khadija, uma viúva rica, para administrar a caravana mercante. Ficou conhecido como “Al-Amin”, o “Digno de Confiança”, e foi proeminente membro da associação mercante de Meca. Aos 25 anos casou-se com Khadija, com quem teve 6 filhos – todos mortos,exceto a filha caçula, Fátima. Maomé e Khadija foram casados durante 25 anos. Mais tarde depois da morte de Khadija, Maomé adotou a poligamia, casando-se com várias mulheres.

Aos 40 anos, ficou muito preocupado com a situação de seus compatriotas e gastou muito de seu tempo em meditação sobre assuntos religiosos. Durante sua vida Maomé conheceu muitos cristãos, sacerdotes e judeus. Muitas vezes buscou conselho de um monge jacobino que lhe ensinou vários aspectos dos costumes religiosos judaicos.

Durante o mês de Ramadan, que é o nono mês no calendário lunar muçulmano, Maomé retirava-se para uma caverna na encosta do Monte Hira, a aproximadamente 5 kilômetros de Meca. Foi durante uma destas ocasiões que ele começou a receber revelações e instruções que ele acreditava serem do arcanjo Gabriel. Estes escritos formam a base do Alcorão (do árabe “al-Quram” = “o recitativo” ou “o discurso”). Foi em Meca ele começou a ensinar a nova religião mas fugiu de lá para Medina em 622, quando soube que a tribo Quraysh planejava acabar com a sua vida. O calendário muçulmano inicia no dia desta fuga, conhecida como Hijra (hégira).

Nessa altura o Islam afirmou-se não só como religião, mas também como comunidade organizada. Muito embora o próprio Maomé afirmasse que o que ele pregava não era uma nova religião, mas a continuação da revelação que Deus tinha dado aos profetas do Antigo Testamento e a Jesus (que não considerava Filho de Deus, mas um grande profeta que devia ser obedecido).

Maomé estabeleceu a constituição Medinense e instituiu o dogma da guerra santa. A idéia da “Jihad” surgiu quando Maomé se encontrava em Medina, depois da fuga de Meca. O profeta precisava de se defender dos habitantes de Meca e para isso precisava de organizar um exército, algo que exigia dinheiro.

Mais tarde Maomé entrou triunfante em Meca. Destruiu os ídolos de pedra com excepção da “pedra negra”. Deu depois inicio à sua obra política. As tribos do deserto converteram-se ao credo de Alá unificando e consolidando o novo modelo de religião-estado.

Além do Alcorão, há o livro de Hadiths. O Hadiths compreende os ensinos de Maomé, e é tão importante quanto o Alcorão em todas as áreas da vida do muçulmano.

Aos poucos, Maomé estruturou sua religião e organizou um exército de seguidores que, em 630, conquistou Meca.

A Kaaba foi transformada num centro de orações, mas, como havia dito acima, Maomé proibiu todos os cultos muçulmanos idólatras que antes existiam.

A doutrina muçulmana também chamada islâmica ou maometana impõe cinco regras:

– Crer em Alá, o único Deus e em Maomé, seu profeta;
– Realizar cinco orações diárias;
– Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
– Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual do jejum);

Ir a peregrinação a Meca pelo menos uma vez durante a vida.

Ao contrário do que se imagina, nem todo árabe é muçulmano. De fato, apenas 18% dos Muçulmanos são árabes dentre a estimativa de um bilhão e duzentos milhões de pessoas.

A palavra “Islam” significa simplesmente submissão a Deus, e “muçulmano” ou submisso é aquele que segue as leis do Islamismo. A revelação do Islamismo foi dada a Maomé, e este é reverenciado pelos muçulmanos como o maior dentre todos os profetas. De fato “Maomé” não é apenas um nome, mas um título que significa “O louvado” ou ainda “digno de louvor”.

Os árabes são de origem semita. Identificados como descendentes de Ismael, filho de Abraão e Agar, não tinham unidade política. Viviam em tribos independentes, governadas por neques. Cada tribo tinha o seu próprio deus, ao qual se rendia culto num santuário comum, a Ka’aba, existente em Meca. Na Ka’aba encontravam-se 360 ídolos. O mais importante era a “pedra negra” um tipo de meteorito adorado pelas tribos. Além disto haviam centenas de profetas conhecidos na época.

Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. Essas tendências surgem da disputa pelo direito de sucessão a Maomé. A divergência principal diz respeito à natureza da chefia: para os xiitas, o líder da comunidade (imã) é herdeiro e continuador da missão espiritual do Profeta; para os sunitas, é apenas um chefe civil e político, sem autoridade espiritual, a qual pertence exclusivamente à comunidade como um todo (umma). Sunitas e xiitas fazem juntos os mesmos ritos e seguem as mesmas leis (com diferenças irrelevantes), mas o conflito político é profundo.

Sunitas – Os sunitas são os partidários dos califas abássidas, descendentes de all-Abbas, tio do Profeta. Em 749, eles assumem o controle do Islã e transferem a capital para Bagdá. Justificam sua legitimidade apoiados nos juristas (alim, plural ulemás) que sustentam que o califado pertenceria aos que fossem considerados dignos pelo consenso da comunidade. A maior parte dos adeptos do islamismo é sunita (cerca de 85%). No Iraque a maioria da população é xiita.

Xiitas – Partidários de Ali, casado com Fátima, filha de Maomé, os xiitas não aceitam a direção dos sunitas. Argumentando que só os descendentes do Profeta são os verdadeiros imãs: guias infalíveis em sua interpretação do Corão e do Suna, graças ao conhecimento secreto que lhes fora dado por Deus. São predominantes no Irã e no Iêmen. A rivalidade histórica entre sunitas e xiitas se acentua com a revolução iraniana de 1979 que, sob a liderança do aiatolá Khomeini (xiita), depõe o xá Reza Pahlevi e instaura a República islâmica do Irã.

Outros grupos – Além dos sunitas e xiitas, existem outras divisões do islamismo, entre eles os zeiitas, hanafitas, malequitas, chafeitas, bahais, sunitas, hambaditas. Algumas destas linhas surgem no início do Islã e outras são mais recentes. Todos esses grupos aceitam Alá como deus único, reconhecem Maomé como fundador do Islamismo e aceitam o Corão como livro sagrado. As diferenças estão na aceitação ou não da Suna como texto sagrado e no grau de observância das regras do Corão.

Maomé declarou que o Alcorão era a revelação final e superior do único e supremo Deus. Ele baniu a adoração aos ídolos e ensinou que a vida do muçulmano deve ser completamente submissa a Alá (Deus, em árabe), com abluções rituais antes das cinco vezes diárias de oração em direção a Meca. Sexta-feira foi o dia estabelecido para adoração coletiva na Mesquita, o templo muçulmano.

Maomé morreu em 632 d.C. em Medina na Arábia Saudita, onde se encontram seus restos mortais…

Texto original do Wagner Veneziani Costa, do Blog da Madras.

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Resultado do Desafio:
A – André Dahmer, B – Del Debbio, C – Thahy e D – Kentaro.
Compare os mapas com o Resumo dos Termos Astrológicos;
nos próximos posts entrarei em detalhes sobre cada um dos mapas.
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Cursos em Florianópolis de Kabbalah e Astrologia Hermética
Confirmados dias 04 e 05 de Julho.
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Textos relacionados no blog Teoria da Conspiração e no Blog da Daemon.
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