Olá crianças,
Muitos leitores sempre perguntam sobre como a Maçonaria possui informações privilegiadas a respeito da história (oficial e oculta) de todos os países e também sobre pessoas que foram famosas ou importantes para o bem da humanidade. Às vezes eu coloco em meus textos comentários sobre algum vulto histórico ter pertencido à Maçonaria e muitos questionam coisas como “Como você sabe se fulano ou beltrano foi maçom?”.
A resposta está nos Museus Maçônicos. Normalmente fechados aos olhos dos profanos, estes documentos, até algum tempo atrás, só poderiam ser consultados por maçons regulares (pertencentes às Lojas reconhecidas pela Inglaterra). Contudo, no mundo todo, Secretarias de Cultura estão aos poucos vencendo esta resistência e abrindo ao público (historiadores e pesquisadores profanos) estas verdadeiras jóias históricas.
Aqui no Brasil, A Secretaria Geral de Educação e Cultura começou este ano a restauração de 45.000 documentos históricos que estavam no Palácio do Lavradio, no Rio de Janeiro, sob a tutela do Departamento de Pesquisas Históricas Maçônicas, presidida pelo irmão Gerson Magdaleno e auxiliado tanto em pesquisa quanto na restauração e divulgação destes documentos por muitos maçons dedicados e pesquisadores que apóiam esta iniciativa do Grão Mestre (entre eles este que vos escreve).
O trabalho de restauração começou no ano passado, com a autorização do Grão Mestre Brasileiro, Marcos José da Silva e do Secretário Geral de Cultura Maçônica e meu padrinho de maçonaria, Wagner Veneziani Costa. Foram retirados e estão sendo tratados mais de 45.000 documentos (que nunca haviam sido vistos por olhos de não-maçons!) para restauração, catalogação e arquivamento, entre obras de arte, textos, atas e cartas trocadas durante o século XVIII e XIX.
Entre eles podemos destacar:
– Uma Carta de Dom João VI Proibindo a Maçonaria no Brasil (1823) onde determinava que qualquer pessoa que fosse identificada como maçom seria presa e deportada para a África (e vocês ainda perguntam porque estas Ordens eram “secretas”…)
– Carta de Despedida de Dom Pedro I (1834)
– Cartas a Dom Pedro II (1889)
– Carta de Marechal Deodoro (1891)
– Ficha Cadastral do presidente Jânio Quadros (1960)
Entre outras…
Claro que este processo demorará anos, pelo volume imenso de material, mas seu valor para a cultura e história brasileira não tem preço. Conforme os documentos forem sendo restaurados, teremos obras de arte pintadas por artistas maçons, cartas comentando revoluções, tratados internacionais, guerras, movimentos históricos e outras situações nas quais a Maçonaria teve influência aparecendo ao público. De tempos em tempos, escreverei sobre estas novidades aqui na coluna.