No final de agosto algumas das mais impressionantes imagens de nosso Sol foram capturadas pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO) da NASA, enquanto um filamento de plasma superaquecido de mais de 300.000 quilômetros de tamanho se desprendeu do astro-rei, a milhares de quilômetros por segundo, estendendo-se rapidamente por milhões de quilômetros no espaço. Mais de 30 planetas Terra caberiam enfileirados ao longo do filamento, e isto quando ainda estava preso aos extremos campos eletromagnéticos do Sol.
Confira o vídeo e mais imagens na continuação.
O sensacional na composição a seguir, que lembra uma obra de arte pop de Andy Warhol é que as diferentes cores não foram arranjadas com fins estéticos, mas científicos: refletem diferentes comprimentos de onda capturados, e ao contrário da obra de Warhol, não são apenas variações da mesma imagem, mas capturam imagens com detalhes diferentes do mesmo Sol — olhe atentamente para descobrir detalhes que podem ser vistos apenas em um comprimento de onda e não em outros.
Combinando duas dessas imagens através de filtros pode-se chegar a uma imagem que representa algo parecido com o que talvez pudéssemos ver a olho nu, se o brilho do Sol não nos cegasse, como cegou Galileu, muito antes disso:
Há um par de anos publicamos aqui sobre como o Sol já foi visto por mais de uma cultura antiga como representando a maior das perfeições e mesmo o primeiro deus único. Com a ciência moderna através de Galileu descobrimos que o Sol era imperfeito, mas imperfeições como estas não são muito mais empolgantes que uma suposta perfeição monótona? Leia ou releia a coluna Majestosa Imperfeição!
[Com comentários e imagens praticamente chupinhados do post original de Robert Gonzalez em io9]