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Aqui no Versão brasileira vou trazer novidades do mundo do cinema nacional para os sedentários de plantão. Achei que o posts de Cheiro do Ralo e Porcos não olham para o céu tiveram uma boa repercussão e, mesmo que seja para um nicho, vou dedicar esporadicamente posts ao cinema brasileiro, que as vezes fica tão esquecido em meio aos blockbusters.
Estréia no dia 6 de abril o filme Cartola, nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. É um documentário sobre a história de um dos compositores mais importantes da música brasileira. A história do samba a partir de um dos seus expoentes mais nobres. Utilizando linguagem fragmentada, Cartola traça um painel da formação cultural do Brasil, convidando a uma reflexão na construção da memória deste país. O retrato de um homem que se reconstruía com seu tempo. Um filme simples, sofisticado e poético.
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Cartola, carioca do Catete, nasceu no em 11 de outubro de 1908, o mesmo ano em que morreu outro gênio da arte nacional, Machado de Assis. Depois de viver durante três anos em Laranjeiras, saiu da Zona Sul e foi morar na Mangueira aos 11 anos. O bairro classe média e o morro deram régua e compasso para os versos e as canções do compositor.
Desde menino, o sambista participava de festas de rua. Aprendeu a tocar cavaquinho com pai e se apresentava no rancho Arrepiados, em Laranjeiras, e nos desfiles do Dia de Reis. Até 15 anos, Cartola viveu com a família e freqüentou escolas de ensino clássicas. Com a morte da mãe, deixou as duas instituições e passou a ter lições de boemia.
O apelido Cartola de Angenor de Oliveira nasceu no canteiro de obra. Como pedreiro, o compositor usava sempre um chapéu para impedir que o cimento sujasse a cabeça. Longe da rotina de pó e da poeira, o pedreiro criava a base para uma das principais escolas de samba do país. Fundou em 1925, com seu amigo Carlos Cachaça, o Bloco dos Arengueiros. Era a semente da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, que surgiu em 28 de abril de 1928 da fusão desse e de outros blocos da região. O próprio Cartola escolheu o nome e as cores da agremiação.
A estréia da Verde e Rosa na avenida foi embalada pelo o primeiro samba com a assinatura de Angenor de Oliveira. Era “Chega de Demanda”, composto em 1928 e só gravado por Cartola em 1974, no LP “História das escolas de samba: Mangueira”. Em 1931, o nome do compositor chega em outros territórios. Na época, era comum o artista do asfalto subir o morro para comprar música. Assim fez Mário Reis, que, com um punhado de dinheiro, adquiriu os direitos de gravação de “Que Infeliz Sorte”. A voz de Reis não se adaptou ao samba de Cartola. Quem acabou gravando foi Francisco Alves, que se tornou freguês das composições do mangueirense.
A relação, porém, mudou e Cartola passou a ceder apenas os direitos sobre a vendagem de discos e manteve a autoria. Entre eles estão “Não faz, amor” (em parceria com Noel Rosa, em 1932), “Qual foi o mal que eu te fiz?” (1932) e “Divina Dama” (1933). Nesse período, as criações de Cartola ganharam outras vozes, como “Tenho um novo amor” (1932), gravado por Carmen Miranda, e “Na floresta”, interpretado pelo parceiro da composição, Sílvio Caldas.
Os sambas da Estação Primeira completavam a projeção além Mangueira. Com o primeiro, em parceria com Carlos Cachaça, “Pudesse meu ideal”, a escola foi campeã do desfile promovido pelo jornal “O Mundo Esportivo”. “Não quero mais” (com Carlos Cachaça e Zé da Zilda, de 1936) deu outro prêmio à agremiação. A música, depois gravada por Araci de Almeida (1937), ganhou, em 1973, nova interpretação e título de Paulinho da Viola, para “Não quero mais amar a ninguém”.
O início da década de 40 cristalizou o talento de Cartola entre a elite musical e população mais simples. Ao lado de Donga, Pixinguinha e João da Baiana, participou, em 1940, de gravações com o maestro Leopoldo Stokowski. O repertório de MPB deu origem a dois álbuns de quatro discos lançados nos EUA. No rádio, o compositor atuou como cantor, com músicas próprias e de outros autores populares. Naquele ano, criou, com Paulo da Portela, o programa “A Voz do Morro”, na Rádio Cruzeiro do Sul, no qual a dupla apresentava sambas inéditos de vários autores. Em 1941, formou o Conjunto Carioca, com Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres, com o qual participou de programas da Rádio Cosmos, em São Paulo.
Os anos seguintes foram de ostracismo para o sambista. Cartola desapareceu do ambiente musical e muitos viveram a ilusão da morte do poeta. Alguns compuseram sambas em sua homenagem. Mas em 1948, a Mangueira o manteve vivo com o samba-enredo “Vale do São Francisco” (de Cartola e Carlos Cachaça) e conquistou o campeonato daquele ano. Mas Cartola só foi redescoberto pela mídia em 1956, quando o cronista Sérgio Porto o reencontrou. Eram tempos difíceis e o compositor vivia de bicos. De dia, lavando carros em uma garagem de Ipanema e, à noite, trabalhando como vigia de edifícios. Sérgio abriu caminho para o compositor cantar na Rádio Mayrinck Veiga. Logo depois, conseguiu, com ajuda de Jota Efegê, um emprego no jornal “Diário Carioca”.
A década de 60 foi mais suave para o compositor. Já vivendo com Eusébia Silva do Nascimento, a Dona Zica, eles fizeram uma pequena “revolução” gastronômica e musical na cidade. Primeiro, o lar do casal se transformou em ponto de encontro de compositores. Depois, em 1964, a matriz do samba mudou de endereço para o restaurante Zicartola, na Rua da Carioca. A casa fez história com a cozinha comandada por Zica, que ajudava na inspiração de grandes sambistas do morro e de jovens compositores da geração pós bossa-nova.
Só na Terceira Idade, aos 66 anos, o mestre gravou seu primeiro LP, “Cartola”. O disco conquistou vários prêmios. Dois anos depois, lançou o segundo com o mesmo título do anterior. Naquele ano (1966), o cantor fez o seu primeiro show individual, acompanhado pelo Conjunto Galo Preto. Um sucesso de público que ficou em cartaz, no Teatro da Galeria, no Catete, por 4 meses.
O sambista ganhou destaque na TV em 1977: a Rede Globo exibiu um programa “Brasil Especial” dedicado a Cartola. A audiência era crescente na tela e no palco. Em setembro do mesmo ano, o sambista participou do Projeto Pixinguinha, acompanhado por João Nogueira. O espetáculo começou no Rio e a ótima bilheteria carioca levou o show para São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. No mês seguinte, lançou o terceiro disco-solo: “Cartola – Verde que te quero rosa”.
Aos 70 anos, Cartola deixou a Mangueira e foi viver na tranqüila Jacarepaguá de 1978, quando estreou o segundo show individual. O quarto LP (“Cartola – 70 anos”) chegou ao mercado em 1979. Nesse período foi diagnosticado um câncer no compositor. Cartola morreu vítima da doença, em 30 de novembro de 1980.
Os lançamentos seguem após a morte do sambista. A Funarte editou e lançou, em 1983, o livro “Cartola, os tempos idos”, de Marília T. Barboza da Silva e Arthur Oliveira Filho, e, em 1984, o LP “Cartola, entre amigos”. A Editora Globo pôs nas bancas, em 1997, o CD e o fascículo Cartola, na coleção “MPB Compositores” (n°12). Entre composições próprias e de parceiras, Cartola deixou mais de 500 obras.
Hilton Lacerda assina, com o amigo Lírio Ferreira, a sua obra mais autoral. Cartola é o primeiro longa-metragem do diretor. Roteirista de “Baile Perfumado” e “Amarelo Manga.
Como foi o processo de criação de Cartola? Hilton Lacerda: Inicialmente, o projeto previa a realização de um docudrama. Não gosto da expressão e nem desse estilo de cinema. Houve uma mudança e eu e Lírio Ferreira avançamos para outro caminho.
Qual? Hilton: Primeiro, a gente não queria que o personagem pautasse a narrativa. A intenção seria mostrar uma parte da história do país, desde o início do Brasil República até a abertura política. Mas essa mensagem política acabou ficando subliminar. Tínhamos também o desafio formal de elaborar um filme fragmentado que não fosse hermético e que tivesse uma cronologia. Não queríamos um filme careta, mas um que fizesse o público refletir.
E como essa idéia foi realizada? Hilton: Usamos, por exemplo, imagens do cinema brasileiro para ajudar na construção do filme. São imagens símbolos dentro da narrativa que não têm uma ligação direta com o objeto central do filme.
Você e Lírio Ferreira também criaram imagens de ficção. Como essas seqüências entram no filme? Hilton: Criamos imagem para dar clima ao filme e para preencher espaços vazios. Não queríamos fazer uma reconstituição de época tradicional, mas sim uma reconstituição afetiva. Nas cenas de samba na Mangueira, por exemplo, as pessoas estão vestidas com roupas atuais, mas cantam um samba mais “marcheado”, característico da época de Cartola, e não um sambão dos dias de hoje.
Como foi desenvolvida a pesquisa de imagens reais? Hilton: Foi uma pesquisa ampla em museus, arquivos de pessoa física e de empresas de comunicação. E como há poucas imagens de Cartola em movimento, acabamos usando quase todas disponíveis.
As entrevistas foram feitas de formas objetivas. Como elas entraram dentro dessa proposta não clássica? Hilton: Fizemos entrevistas básicas. Nada de câmera trêmula e ângulos diferentes. Esses depoimentos têm uma função narrativa. De ajudar a contar a história cronológica do compositor.
O próprio Cartola se transformou no principal narrador da sua história. Por que essa opção? Hilton: Cartola nasceu no mesmo ano que Machado de Assis morreu. Essa ligação ajudou a reforçar a idéia de uma narrativa póstuma. O filme começa e termina com cenas do enterro do compositor que passa a narrar sua trajetória. Nessa seqüência inicial, usamos cenas de “Brás Cuba”, de Bressane, junto com as imagens reais do sepultamento.
O início já deixa claro que Cartola é um filme com várias camadas. É um caminho para falar com platéias distintas? Hilton: É. Trabalhamos em vários níveis. Cartola é um filme que fala com vários públicos. Uma pessoa com conhecimento de cinema terá uma percepção diferente da maioria. Mas o público em geral vai sair do cinema conhecendo a história do compositor.
Erik Lauritzen criou uma incrível montagem sobre a Segunda Guerra Mundial para o documentário Last Best Hope. No vídeo ele utiliza fotos para criar um efeito de 2.5D, já que com imagens em 2D ele cria uma percepção de 3D. O resultado ficou excelente, confira Aqui!.
A partir de hoje, toda sexta-feira vou postar algo que ajude esse dia passar um pouco mais rápido. E chegar o fim de semana sem ocorrer desentedimentos com o relógio (café + ansiedade + sexta-feira). São os TGIF! (seguindo o restaurante, Thank God It’s Friday!) e serão posts de humor, joguinhos curtos, pegadinhas para se fazer no trabalho. Coisas interessantes e que relaxem, que façam aqueles 5 minutos parecer realmente 5 minutos, não 40.
Para comemorar então o fim da semana, começo com um joguinho chamado The Doors. É um game simples, leve e viciante. Sua missão é encontrar peças que fazem parte de um quebra-cabeça, em uma mansão repleta de portas. Você precisa completar esses quebra-cabeças e assim abre outras alas da casa. Alguma das portas da mansão é a saída. Enjoy!