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Cavernas & Dragões

Bonecos de Pano, ou por que Neil Gaiman lhe disse para assistir a esse curta…

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Recentemente o “Contos Fantásticos” pediu permissão para colocar online o meu conto “Bonecos de Pano”, que eu já tinha disponibilizado há tempos para download.

O texto foi originalmente publicado sob o nome “Reversos” na antologia de contos medievais/fantásticos “Anno Domini” (2008), e demonstra como funciona um pacto com bruxas sombrias no cenário de “Dragões de Éter”.

Afonso Luiz, o responsável pelo site, criou, inclusive, essa sinistra montagem abaixo, que ficou interessante porque passa bem o clima do texto.

E depois de ler o conto, inspirada no clima da narrativa, a Vivi Amaral me mostrou o curta de animação “Sebastian’s Voodoo”, de onde saíram, inclusive, os bonecos que deram origem à montagem utilizada na figura acima.

E o curta é magnífico! Cinco estrelas mesmo. Tanto que parece que o próprio Neil Gaiman elogiou o filme em uma palestra na UCLA.

Para ler o “Bonecos de Pano”, só clicar aqui.

Para assistir ao curta, só dar play abaixo.

Enjoy.

Living Dead, ou por que diabos amamos tanto zumbis?

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O campeão de pedidos recebidos pelo twitter (em disputa bem acirrada com Eragon e Tolkien) foi por um post envolvendo “zombies”.

E quer saber? Eu compreendo o fascínio sobre o assunto.

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Esse ano, a grande estrela internacional do Cinefantasy foi o diretor Marc Price, um inglês que realizou o filme de zumbis: “Colin”.

Marc é um jovem nerd (hum…) como quase todos aqui, que nunca teve formação cinematográfica, aprendeu a fazer cinema assistindo a extras de dvds e acabou como uma grande atração com seu filme independente em Cannes.

E se meu colega colunista aqui no “Sedentário…”, Adriano Martins, se impressionou com o orçamento de “Atividade Paranormal” a ponto de usar a expressão “apenas 15 mil dólares”, eu fico imaginando qual seria a reação dele se soubesse que Marc Colin fez o filme de zumbis dele contando com a amizade de parceiros, a boa ação de amigos fiéis, e um custo prático de… 78 dólares.

Eu vou repetir: o cara sem formação cinematográfica fez um longa-metragem de zumbis com menos de 80 dólares (!), e foi parar em Cannes (e se Marc fez aquilo com 78 dólares, se dessem 15 mil na mão dele, ele faria um blockbuster!).

E o filme é bom!

Na trama, nós acompanhamos de cara a tensa transformação de homem em zumbi e depois acompanhamos toda a invasão zumbi do ponto de vista dele.

Mas a questão aqui a ser levantada hoje é: por que, afinal de contas, zumbis são como azeite extra-virgem de boa qualidade; quase tudo com eles fica bom?

Por que eles se entranharam tanto na cultura pop a ponto de funcionarem desde aliados ao gênero terror, sua casa original, até as comédias escrachadas e comics de super-heróis?

A questão do nosso post de hoje é: afinal de contas, por que diabos amamos tanto zumbis?

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Jornadas Fantásticas, ou o que Raphael Draccon ainda pode lhe dizer que outros já não tenham dito….

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Nesse exato momento em que escrevo esse post, “Dragões de Éter – Corações de Neve” está entre os livros mais vendidos do Submarino, dentre os mais de 200 Lançamentos nessa época de Natal (que é quando as editoras lançam suas cartadas mais altas).

E por que é importante que eu comece o post de hoje lhe dizendo isso? Vamos lá:

Muitos aqui devem se lembrar daquele post sincero que eu escrevi chamado “Mercado Fantástico, ou o que Raphael Draccon pode lhe dizer que outros escritores já não tenham dito…”.

Naquele texto eu fui sincero sobre os mecanismos do mercado editorial, de uma forma que, ou os aspirantes a romancistas profissionais desistiam de vez ao ler o que eu tinha a dizer, ou se atiravam de cabeça sabendo onde estavam se metendo e com consciência e vigor redobrados.

Logo, naquele texto eu comentei muito mais sobre as partes difíceis e pedregosas dessa jornada, mesmo porque, para a maioria aqui, ela é o que vem pela frente.

Hoje, porém, vou comentar sobre o outro lado e sobre a responsabilidade que envolve estar desse outro lado.

Sim, o mercado editorial é um caminho de paciência e dificuldade extrema. Mas existe um Nirvana se você, tal qual Fernão Capelo Gaivota, souber não apenas voar até lá, como ter coragem de voar até lá.

E entender  o motivo de se aprender a voar.

Logo, hoje eu não vou falar exatamente sobre o mercado fantástico. Hoje eu vou falar sobre o necessário para se trilhar uma jornada fantástica como escritor.

E vou acabar sendo muito sincero mais uma vez.

Mercado Fantástico, ou o que Raphael Draccon pode lhe dizer que outros escritores já não tenham dito….

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Esse post será um post sincero.

Pode ser que, depois de ler o que tenho a escrever, você queria acreditar ainda mais no sonho de ser escritor profissional. Pode ser que você desista dele.

Sinceramente eu não posso tomar essa decisão por você nem sei o que será melhor para a sua vida, mas de uma coisa eu sei com certeza: nós dois já estabelecemos uma relação de sinceridade mútua, embora haja toda uma parnafernália eletrônica entre as questões que eu levanto e as que você comenta. Não importa; o que importa é que eu sou sincero quando escrevo e você é sincero quando me escreve ou mesmo me cede um minuto da sua atenção.

O fato é que hoje em dia existem milhões de pessoas querendo se tornar escritores profissionais, e existem apenas dez lugares na lista dos best-seller. Nesse momento, uma única escritora ainda reservou cinco desses assentos só para ela e, quanto mais rica ela fica, por mais tempo ela irá renovar essa reserva VIP.

Além disso, o número de vagas em uma editora de grande porte para um autor iniciante costuma estar reservado aos dedos de uma única mão, desde que essa mão pareça a dos alienígenas do Distrito 9.

Logo, hoje eu vou lhe falar sobre algumas regras desse jogo difícil chamado “mercado editorial”.

E, bom, eu não sei se você é do tipo que insiste no impossível ou que se agarra ao coerente; mas acredito com certeza que ao menos indiferente você não irá ficar.

Quer saber? Puxe uma cadeira, meu amigo; eu tenho coisas a lhe dizer…

Os Quatro Fantásticos, ou Stephen King x André Vianco x Richard Matheson x Neil Gaiman

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Olá, pessoal!

Para aqueles que não me conhecem, eu sou Raphael Draccon, roteirista e romancista de livros de temática fantástica e sobrenatural.

Fui convidado pelo caríssimo Duquian para escrever a coluna “Cavernas & Dragões“, um espaço para se falar de fantasia em todas as suas vertentes, o que significa que podemos trocar desde o terror e o horror até a  ficção científica e o sobrenatural.

Filmes, livros, músicas, curiosidades, estruturas de roteiros, cultura pop; qualquer coisa relativa ao tema pode ser discutida nesse espaço, desde “Crepúsculo” e “Harry Potter” a “Conan” e “Avatar”, principalmente de um ponto de vista menos convencional.

Como hoje em dia todo o mundo está escrevendo um livro, de vez em quando eu posso comentar também sobre o mercado editorial fantástico por aqui, e tirar algumas dúvidas.

No caso do nome da coluna, o termo “Caverna” se refere extamente a esse lado do dark/terror, e o “Dragões” ao lado do fantástico/sobrenatural. Além, obviamente, de fazer referência ao desenho que todos aprendemos a amar e misturava todas essas vertentes em uma mesma receita.

Devido à coluna, acabei tomando vergonha na cara e criando uma conta no Twitter. Se você quiser enviar alguma sugestão sobre temas ou coisas do tipo, será muito bem-vindo.

Pretendo ver também se consigo sortear por mês um livro relevante ao tema pelos seguidores de lá. Como a conta acabou de ser criada e só está sendo divulgada agora, acaso se interesse as chances de você poder ser sorteado são grandes…

Para estrear, aliás, esse mês vou sortear por lá um livro autografado do melhor amigo que conquistei nesse meio profissional, a estrela nacional do horror/sobrenatural André Vianco.

E é aproveitando este fato que iniciamos a primeira coluna, envolvendo uma mesma metáfora e os diferentes estilos de quatro bons autores fantásticos.

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STEPHEN KING X ANDRÉ VIANCO X RICHARD MATHESON x NEIL GAIMAN

No Workshop que realizei ano passado, convidado pelo pessoal do Cinefantasy, comentei sobre a diferença de estilo desses três autores, aproveitando um gancho do próprio King, que citarei a seguir.