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Crítica Capitão América: Guerra Civil ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Um soldado endeusado, que transpira o espírito ufanista norte-americano em meio à fragilidade do país durante a Segunda Guerra Mundial. Este é o contexto em que o personagem Capitão América apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em dezembro de 1940. Todos os atributos político-sociais norteiam e se entrelaçam com a composição do herói, que protagonizou seu primeiro filme solo em 2011. E este é o problema que nós tínhamos com Capitão América. Um herói quase plastificado, dado à sua perfeição de traços, conduta moral e conceito. Um herói intocável, inalcançável a até mesmo de difícil identificação.

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Mas essa crosta em forma de áurea que cercava o personagem aos poucos se desfez nas telas de cinema e com ela renasceu no público um dos sentimentos mais preciosos: a admiração. E “Capitão América: Guerra Civil” abre as salas de cinema no fim do mês de abril como aquele herói que, à medida que teve sua perfeição desconstruída diante dos olhos da audiência, construiu pontes com este mesmo público, se tornando um dos heróis mais humanos da Marvel Cinematic Universe (MCU), fazendo da sua fragilidade sua maior arma de combate.

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A mais nova adaptação de quadrinhos é forte nesse sentido. Quebrando o ufanismo cansativo e rompendo de uma vez com ritmo do primeiro filme da trilogia, que desagradou muito fãs e teve opiniões polarizadas, o terceiro capítulo da saga do herói americano traz fragmentos de seu segundo filme, aprofundando ainda mais a tenra e admirável amizade entre Steve Rogers (Chris Evans) e Bucky Barnes (Sebastian Stan).

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A trama mais do que nunca torna claro que seu verdadeiro calcanhar de Aquiles é e sempre será seu tumultuado relacionamento com o antagonista, que vive uma eterna briga com sua mente. Expondo ainda mais a fragilidade desse herói, entra em cena o debate ideológico que traz à mesa questões morais e de honra, deixando bem claro que a linha que separa o certo do errado é mais tênue que pensávamos ser.

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Por ousar em ir nesse aspecto, a Marvel ganha pontos. O grande “problema” nesse sentido é justamente o pouco aprofundamento nessas questões morais durante boa parte da produção. Em certos momentos do filme somos pegos avaliando mentalmente se de fato as motivações ideológicas de ambos os lados são realmente tão impactantes a ponto de justificar o embate corpo-a-corpo. Essa interrogativa nos acompanha por toda a primeira metade do filme, nos deixando com a amarga sensação de que o roteiro não vai desenvolver isso.

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Mas, como um estúdio que não dá ponto sem nó em seu universo, somos surpreendidos por um clímax que repara o tal “problema”. Com um viés quase puxado para o plot twist, o filme atinge o nível de profundidade que ansiávamos no princípio, colocando Tony Stark (Robert Downey Jr.) no foco central da famosa Guerra Civil, mudando a motivação do campo ideológico para o campo emocional, mesclando com traumas de infância, ego e sombras do passado. E neste exato momento o elo que liga os protagonistas ao público se fortalece, permitindo que o sentimento de identificação permeie entre todo o público e para todos os personagens, de um jeito ou de outro.

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Para não fugir à regra das produções da Marvel, o roteiro é permeado pelas clássicas sacadinhas cômicas e frases de efeito que rompem com a tensão entre as cenas de luta e as partes mais dramáticas entre os principais protagonistas. Com exceção de alguns momentos, em que a falta de timing traz piadas desnecessárias que se perdem entre risos abafados pelo despropósito em cortar a tensão da cena em questão, os desconhecidos roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely acertam na mão, trazendo um bom equilíbrio para o filme.

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E por falar em equilíbrio, o MCU nunca esteve tão bem amarrado e delineado e a parceria entre o estúdio e a Sony Pictures não apenas funcionou incrivelmente bem como também se encaixou dentro da trama com precisão. É claro, estou falando do Amigo-Da-Vizinhança, que pela terceira vez faz sua estreia nos cinemas. A diferença é que o trabalho em equipe entre concorrentes e o desejo em recriar o personagem mais popular dos quadrinhos da Marvel com fidelidade nos presenteou com aquele que – ouso dizer – promete ser o melhor Homem-Aranha já adaptado para o cinema.

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Tom Holland não apenas foi a cartada certa de ambos os estúdios, como a composição conceitual do personagem é impecável. Com atributos genuinamente adolescentes, Peter Parker é introduzido ao universo bem construído como aquele garoto vislumbrado e facilmente impressionado, com certa imaturidade comum à idade, que fascina a audiência em cada diálogo extensamente explanado. Para ajudar a compor a grade de aparições, “Capitão América: Guerra Civil” ainda nos introduz à origem de Pantera Negra, vivido por Chadwick Boseman, que ao lado de Spidey rouba a cena em diversos momentos, nos distraindo do próprio personagem homônimo e ‘dono’ da história.

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Com cenas de ação que se assemelham a takes de videogame, o filme encanta pela grandeza nas lutas, lindamente coreografadas e filmadas em uma rapidez alucinante aos olhos. O estúdio teve o cuidado em trabalhar a estética dos conflitos corporais com efeitos poderosos e movimentos acrobáticos surpreendentes, nos entregando em uma bandeja um banquete quase insaciável tamanho nosso apetite. “Capitão América: Guerra Civil” se assume também como uma produção cíclica, que de maneira sutil apresenta o novo à medida que nos dá leves ares de despedida, com a possibilidade de – em um futuro não tão distante – não desfrutarmos mais da presença carismática dos atores Robert Downey Jr. e Chris Evans em seus tão aclamados heróis.

Queremos saber o que achou do filme, responda nossa enquete:

Crítica Batman vs Superman: A Origem da Justiça ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Essa cena já se repetiu consecutivamente na mente de muitos, assim como na minha. Você a vê, revê, analisa outra vez e se permite ser levado pelo único fragmento contínuo que garante fundamento para visualizar esse momento na cabeça: as páginas da clássica graphic novel “O Cavaleiro das Trevas”. O entrave emblemático entre Batman e Superman foi, primeiramente, desenhado ali, pelas mãos de Frank Miller. E uma vez nas mãos do leitor, ele ganhou vida para além das páginas, se delineando dentro do imaginário de qualquer apaixonado por histórias em quadrinhos. Mas ganhar vida nas telas foi muito mais complexo. Mesmo com as versões animadas que acalentam o coração de quem sempre pincelou essa luta mentalmente, apenas um embate de carne e osso supriria as necessidades das crianças e adolescentes das décadas anteriores. Hoje, testemunhas da passagem do seu próprio tempo, elas contemplam o desenrolar de uma história que, ainda que acompanhe a “velhice” de seus leitores, nunca foi tão jovem e atual, na adaptação intitulada “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”. 

Crítica Deadpool ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Essa é uma das valiosas vezes em que os fãs conseguem exatamente o que querem. Aquele breve momento onde absolutamente tudo para, menos o som fanático daqueles que sabem muito bem o que estão dizendo. Por diversas ocasiões, os estúdios procuram direcionar a opinião do público, erroneamente pecando justamente naquilo que tantas vezes foram previamente alertados pela opinião popular. São boas ideias com péssimas concepções finais. Produções horríveis, que tinham tudo para dar certo se ao menos tivessem percorrido pelos locais onde sua audiência de fato está: na Internet. E graças a ela e todos aqueles que se manifestam nela, 2016 começou com aquele que, não surpreendentemente, já se tornou uma das melhores adaptações de quadrinhos para o cinema. Com vocês, o vulgar, pretencioso e debochado Deadpool.

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Humor ácido, tão azedo a ponto de se tornar doce em nossos lábios, o filme de Deadpool é uma extensão saborosa de todos os teasers, trailers do trailer e aparições divertidíssimas que contemplamos ao longo do ano de 2015 na Internet. Fruto dela e de seus fãs, a nova produção da Fox (detentora dos direitos do personagem), feita em parceria com a Marvel Studios, acerta naquilo que muitos chamariam de erros. Politicamente incorreto, arrogante, ofensivo e nada, nem um pouco, amistoso, Ryan Reynolds traz seu humor sarcástico e irônico – típico das entrevistas que sempre deu – para as telas, dando vida a um novo tipo de herói que reúne o que há de mais sujo em um personagem, tornando o anti em uma espécie de super. Seja lá qual for o tipo de ‘super’.

Crítica O Regresso ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Rodas em volta da fogueira cercadas pela penumbre noturna já testemunharam essa história. Um dos contos verídicos mais tradicionais nos Estados Unidos, ele atravessa gerações, adquiri novos significados, atributos e é um relato da bravura americana em meio a uma terra em metamorfose. Embasado no século XIX, mais precisamente em 1823, a experiência de sobrevivência e vingança em meio às condições mais adversas do explorador e comerciante Hugh Glass é um daqueles raros momentos épicos que se mesclam com a História Americana, no período mais tempestuoso do país, o Oeste Selvagem.

Crítica Spotlight ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

A Primeira Emenda da Constituição Norte-americana garante a abstenção do Estado da vida religiosa da nação, com aquela mesma premissa de que “o Estado é laico”. Da mesma forma, ela garante o direito da liberdade religiosa amplamente, firmando direito e “proteção” para crenças desempenharem seu trabalho da forma que lhes couber, ainda que prometa garantir a segurança da população em casos de desvios morais de conduta. Em “Spotlight – Segredos Revelados”, vemos que não é bem assim. E diante dos nossos olhos e mais uma vez, vemos o sistema judiciário americano despencar pedaço por pedaço, evidenciando rachaduras profundas acobertadas pela mesma corrupção tão comum e tão tratada como exclusivamente sendo do Brasil.

17 Diretores e seus atores favoritos

Todo cineasta possui suas peculiaridades e seu estilo de filmagem, que sempre envolvem um bom entrosamento com o protagonista da produção. Estes 15 diretores que selecionamos possuem sua alma gêmea profissional, que não apenas os entendem como também funcionam na tela como nenhum outro ator. São 15 parcerias, milhares de filmes e muito amor envolvido. Confira!

17 – Tony Scott e Denzel Washington

 Quantidade de filmes no currículo: 5

 Parceria Destaque: Chamas da Vingança (2004)

Tony Scott encerrou sua trajetória de forma trágica, mas nos presenteou com uma bela parceria feita com Denzel Washington. É claro que o ator também é o favorito do cineasta Spike Lee (com quatro filmes), mas vale a pena homenagear aqui Scott por suas cinco produções feitas com ele. Dentre os trabalhos realizados juntos, os dois nos entregaram “Chamas da Vingança”, um filme simples, mas cheio de entrega na atuação de Denzel, aspecto que já nos acostumamos a receber do grande ator.

Crítica Steve Jobs ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Sua história não é um mistério, tão pouco algo que esconde relatos bombásticos nunca antes divulgados. Steve Jobs sempre foi uma figura pública e publicamente muito popular. Sua biografia, lançada pouco depois da sua morte, trazia detalhes cruciais sobre seus hábitos, sua mente de raciocínio rápido e seu caráter, que em alguns momentos colocou em cheque sua figura paterna. E também já tivemos um filme, em 2013, que trouxe boa parte de sua trajetória de forma cronológica, alinhando os amantes de seus produtos à sua história. Mas “Steve Jobs”, de Danny Boyle, não é sobre isso. Não se trata da História do Criador da Apple. Se trata da personalidade do homem por trás do mito.

Crítica Jogos Vorazes: A Esperança – O Final ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Emergido como um produto cultural com um público bem demarcado e supostamente recebido como uma série que viria para substituir o vazio deixado por “Crepúsculo”, “Jogos Vorazes” interrompeu um quase hiato que surgia no cinema hollywoodiano, no gênero de produções sequenciais voltadas para crianças e adolescentes. Enquanto a trama juvenil adolescente vampiresca se despedia no cinema, no mesmo ano a pós-apocalíptica chegava às salas, se consagrando como um fenômeno cultural e, por que não, social.

O fascínio por “Jogos Vorazes” foi natural pela brutalidade nas cenas de ação, pelo debate pertinente e por não se firmar apenas no gênero Young-adults, que possui tramas sérias com toques de leveza e dramas atraentes aos mais jovens. Ainda sendo para esse nicho, a adaptação da trilogia de Suzanne Collins trouxe para os corredores da antessala dos cinemas uma discussão que antes só era comum nos corredores das universidades: a manipulação midiática e a arte como instrumento de guerra.

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Em “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” vemos a conclusão de uma história iniciada lá em 2012. A série, que transformou Jennifer Lawrence na nova queridinha da América, não apenas reafirmou carreiras de velhos conhecidos para o cenário de blockbusters, como Woody Harrelson, Donald Sutherland e Stanley Tucci, como também apresentou Liam Hemsworth e Josh Hutcherson, que encabeçam o protagonismo com segurança e firmeza ao lado de Jennifer.

A saga, que se estendeu por dividir o último livro em duas partes, trouxe adolescentes para uma discussão que talvez nem eles mesmos percebam, tamanha sua dimensão. E devido a essa mesma vertente madura, liderada por personagens novos, as salas foram repletas de adultos que foram capazes de ir além do tal “drama adolescente” e o “todos viveram felizes para sempre” que permearam vez outra os quatro filmes.

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Ignorando alguns clichês apresentados nos minutos finais do último capítulo da saga, “Jogos Vorazes” traz em toda sua essência, temáticas que vão desde a manipulação de um povo através da mídia e da ausência de conhecimento à utilização do próprio cinema como instrumento para fomentar guerras, plantar ideias e criar ideais. Em uma época onde não há limites tecnológicos e a concentração do poder está exclusivamente nas mãos de um governo ditatorial que atua através do medo, a trama facilmente envolve os apaixonados por história, à medida que nos entrelaça em um enredo onde o sangue é o grande trunfo e o troféu de um embate justo, mas dilacerado.

Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), mais do que nunca, é apresentada no último capítulo como um peão de uma luta que ela nunca quis travar. Uma líder nata que pouco compreende sua influência diante de uma nação inteira, ela tenta se esquivar a todo tempo de confrontos, mas é inevitável ser levada para o centro de tudo. Vista como um símbolo e sustentada como tal pelos Rebeldes, Katniss assume o rosto da revolução, lidera combatentes no fronte de batalha, enquanto – ironicamente – é posicionada atrás do exército, a fim de que sua vida seja poupada para manter a chama da esperança acesa.

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Com sua imagem trabalhada frequentemente diante das câmeras, ela é envolvida pelo outro lado da guerra, se tornando também o rosto da manipulação midiática, ainda que fuja dos roteiros enlatados preparados. À medida que seu papel é construído pela líder revolucionária Alma Coin (Julianne Moore) e pelo sub-líder Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman –papel que possui razões mais honestas), ela também se desconstrói nos inúmeros projetores espalhados pela Capitol, através da voz do presidente Snow (Donald Sutherland). Como alguém que possui motivações genuínas e uma impulsividade incontrolável, Katniss surge em “A Esperança – O Final” como uma Joana d’Arc futurista, uma militar que encabeça a libertação da Capitol (ou seria tomada?) à sua maneira, sem perceber a profundidade da guerra na qual foi posicionada.

O ideal de convencimento da guerra é frequentemente bombardeado entre os militantes de ambos os lados e em “A Esperança – O Final” vemos que a retidão pode ser dúbia, dependendo do lado em que você joga. A perspectiva brutal dos entraves, das mortes não justificadas, mas aceitáveis e o desejo pela vitória (com propósitos já não tão claros) é trazida em cenas bem dirigidas, aceleradas e repletas de ação, em meio a rápidos momentos de calmaria, que logo são rompidos por estrondos, tiros e bombas. Os efeitos especiais novamente surpreendem, sendo bem executados com naturalidade, em uma produção que não apenas usa o artifício como também precisa dele para a construção do seu universo pós-apocalíptico.

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O encantamento e envolvimento com Jogos Vorazes por parte do público mais adulto pode ser justificado justamente por trazer a batida temática pós-apocalíptica de forma mais madura e com argumentos novos, embasados em precedentes históricos. O assunto, que teve seu auge nos anos 2000 com filmes como “Equilibrium” (2002) e “A Ilha” (2005), volta a tomar espaço por meio da literatura, como vemos com “Maze Runner”, “Divergente” e “O Doador de Memórias”. Mas fugindo do enfoque mais juvenil que essas três séries trazem, “Jogos Vorazes” nos remete um pouco à mesma ‘logística’ de guerra vista na Segunda Guerra Mundial, mais precisamente com o Nazismo.

Talvez a memória de muitos falhe nessa questão, mas o cinema foi uma das principais armas de difusão da ideologia nazista. A propaganda política foi tão bem feita através da arte que possibilitou que a ideia – ainda que corrompida, mas mascarada para a população – fosse comprada facilmente. A premissa da defensiva através do ataque, salientando a proteção e possível extinção da raça ariana, se não houvesse intervenção bélica, motivou o pavor e consequentemente a defesa do nazismo. Hittler fez da guerra por puro ódio sua luta pelo “bem comunitário”. E nós bem sabemos que, o povo alemão em sua maioridade só descobriu os horrores do Nazismo após a intervenção territorial dos exércitos russos e americanos, que os forçou a enterrar os milhares de corpos estirados em campos de concentração até então desconhecidos pela população.

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Essa mesma tática é repetida na saga, mais precisamente neste último filme. Ambos os lados não se esquivam do poder do entretenimento como disseminação de uma ideia e a estratégia se torna eficaz nas duas direções. Em “Jogos Vorazes”, a construção desta trama também divide espaço com o triângulo amoroso composto por Katniss, Peeta (Hutcherson) e Gale (Hemsworth), que ainda que possua seus vestígios juvenis – naturalmente – é apresentado como o único respiro de normalidade no contexto em que todos se encontram.

A saga se encerra com ares genuínos de despedida, prolongando seu fim um pouco demais com um belo e suave adeus. Com encerramento um tanto previsível, “Jogos Vorazes: A Esperança – O Final” agora gera um novo hiato para o público mais novo, espaço este que a série “Divergente” parece ser incapaz de preencher. Independente disso, bem ou mal, a jornada de Katniss Everdeen chega ao final. Se ela se perpetuará com um debate permanentemente atual? Só o tempo vai nos responder.