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Dicionário das Marcas

MGM, Knorr, Maggi, Cup Noodles e Reebok

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MGM – Estados Unidos. Estúdio. 1924.

mgmVocê vai ao cinema e sabe muito bem que MGM é a sigla para Metro-Goldwyn-Mayer, nome de um grande estúdio norte-americano. Mas, meu amigo, eu garanto a você, até chegar nesses três nomes, a história foi longa. Por isso eu peço toda a sua atenção, em virtude das tramas e excesso de personagens.

Tudo começa em 1915, quando os empresários Richard Rowland e Louis Mayer abrem a Metro Pictures Corporation, uma distribuidora de filmes. Os negócios vão bem e eles logo passam a bancar as próprias produções, realidade que estimula Mayer a deixar a parceria e abrir seu próprio negócio sozinho. Sendo assim, em 1918, vinha ao mundo o mais novo estúdio dos EUA, chamado de Louis Mayer Pictures. O coitado do Richard Rowland não gostou da solidão e, em 1920, resolveu vender a Metro Pictures Corporation para um comprador chamado Marcus Loew.

A visão da J&J, o acaso do Band-Aid e o caso do Tylenol

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Johnson & Johnson, Band-Aid e Tylenol

jjFicar rico não é nada simples. O dinheiro está por aí, nas mãos das pessoas. No entanto, fazer esse dinheiro ir parar no seu bolso é outra história. É claro que não há fórmulas, mas é fato que propor boas soluções para grandes problemas é um primeiro passo.

E veja que problemão tinham os pacientes do século XIX. Se você precisasse fazer uma cirurgia em 1886 os médicos certamente usariam algodão para ajudar a estancar seu sangramento. Até aí tudo bem, esse é um procedimento padrão até hoje. No entanto, naquela época as noções sobre infecção eram outras. Aliás, elas mal existiam. Por isso era comum que médicos usassem nas cirurgias algodões sujos, provenientes dos restos recolhidos do chão das tecelagens.

A taxa de mortalidade era altíssima, obviamente. Porém, isso só se tornou óbvio mesmo quando um cientista chamado Joseph Lister entendeu que todos os instrumentos cirúrgicos deveriam ser limpos, desinfetados. Esse novo princípio diminuiu as mortes e de quebra criou um novo mercado, muito bem notado pelos irmãos Robert, James e Edward Johnson. Eles fundaram a primeira fábrica do mundo a produzir uma compressa cirúrgica asséptica.

52 fatos interessantes sobre grandes marcas

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Olá pessoal!

Exatamente no dia 25 de novembro de 2008 a coluna Dicionário das Marcas começava suas atividades no Sedentário e Hiperativo. Passaram-se 52 semanas desde então, cada uma delas trazendo textos com informações úteis e inúteis sobre as maiores empresas do Brasil e do mundo. Para celebrar data tão especial, gostaria de fazer duas coisas. A primeira é agradecer a todos os leitores que acompanham a coluna e ao pessoal do S&H pela oportunidade de escrever aqui. A segunda é apresentar hoje os 52 fatos que julguei mais interessantes sobre as marcas publicadas até agora, um para cada semana do DM no Sedentário.

Aproveitem!

Eduardo Nicholas

52 fatos interessantes sobre grandes marcas

1 – O atual logotipo da Shell foi criado em 1971 pelo artista Raymond Loewy. Essa cara também é responsável por criar o desenho da garrafa da Coca-Cola e o logo da Lucky Strike.

2 – A Ray-Ban criou os dois mais populares modelos de óculos do mundo: o Ray-Ban Aviator, seguido pelo Ray-Ban Wayfarer.

3 – Uma garrafa de Perrier chega a produzir 50 milhões de bolhas.

4 – Adolf Dassler começou uma fábrica de tênis com o irmão. Depois de décadas trabalhando juntos, os dois brigaram e cada um seguiu seu caminho. Adolf abriu uma nova empresa, a qual ele batizou usando seu apelido (adi) e as três primeiras letras de seu sobrenome (das), criando a Adidas. Já o irmão dele, Rudolf…

5 – ….abriu uma fábrica também. Pensou em batizar de Ruda, no mesmo esquema da empresa do irmão, unindo as duas primeiras letras de seu nome e sobrenome. No entanto, achou que a marca não soava bem e resolveu trocá-la por Puma.

Sears e Ponto Frio: unidas por uma geladeira

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Sears e Ponto Frio: unidas por uma geladeira

coldspotComo duas lojas tão distantes e tão diferentes poderiam estar ligadas? A primeira causa seria a audácia do jovem Richard Sears. No final do século XIX ele trabalhava como bilheteiro num trem. Astuto, costumava levar mercadorias de um lado para o outro para ganhar uma grana extra. Nessas idas e vindas, teve a oportunidade de trazer alguns relógios. Interessou-se tanto por esse segmento que logo abriu uma loja para si, uma revenda desses produtos.

Porém, não seria esse o ramo que faria de Sears um homem de negócios. Mais uma vez se valendo de sua experiência com transporte, Richard percebeu que nas cidades do interior os produtos vendidos aos fazendeiros eram muito caros. Como ele poderia baratear os preços? Vendendo exatamente de acordo com a demanda. Ele fez isso criando catálogos, nos quais os clientes escolhiam os produtos e os recebiam em casa. Desse modo ele só comprava o que já estava vendido e poderia baixar os preços, pois em geral adquiria esses produtos em grandes quantidades.

A dupla mortal: AK-47 e Uzi

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Olá pessoal!

Trago hoje ao Dicionário das Marcas duas lendas da indústria bélica: o rifle AK-47 e a submetralhadora Uzi. A segunda é a arma mais usada, porém a AK-47 é a que mais mata. E antes que alguém pergunte, não, eu não esqueci da famosa AR-15! Vai ter post para ela no futuro, não se preocupem.

Um abraço!

Eduardo Nicholas

A dupla mortal: AK-47 e Uzi

ak47Sim, seres humanos matam outros seres humanos. Nossa sociedade até cria conflitos organizados para isso. Também criamos máquinas capazes de tirar a vida de pessoas da maneira mais eficaz possível. O pior: não podemos reclamar. Sem a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, vocês não estariam lendo esse post, uma vez que a base da Internet e de grande parte da tecnologia empregada na informática surgiu dos esforços para vencer as batalhas.

Por isso às vezes inventar algo para matar não significa necessariamente ser desumano. Talvez seja só uma atitude em defesa própria. Veja o caso de Mikhail Timofeevich Kalashnikov. Durante a Guerra Fria ele criou um rifle para defender a URSS da ameaça capitalista. Não sabia que sua invenção se tornaria a arma de mão mais mortal de todos os tempos, uma combinação perfeita entre a velocidade da metralhadora e a precisão das armas de cano longo. Ainda durante a II Guerra Mundial os exércitos do Eixo e os Aliados já tinha desenvolvido esse conceito. O objetivo era criar uma arma que disparasse tantos tiros quanto uma metralhadora, mas que no entanto fosse precisa e capaz de ser carregada facilmente.

Carros e Capitalismo Parte 3: General Motors

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General Motors – Estados Unidos. Veículos. 1908.

gmSe Ford inventou a indústria automobilística e Toyoda aprimorou a linha de montagem, como diabos a General Motors passou tanto tempo na frente dos dois? Tudo graças a um homem chamado Billy Durant. Com grande talento para vender de tudo, Durant se empolgou com o novo mercado de automóveis e resolveu se concentrar na área. Conseguiu um emprego numa pequena fábrica chamada Buick Motor Company, até então um negócio com poucas vendas. No entanto, o talento de Billy como vendedor aqueceu a produção e logo ele juntou capital para comprar o controle do empreendimento.

Naquele período os Estados Unidos tinham milhares de fábricas de automóveis, todas sedentas por alcançar fortuna no novo mercado. Porém, passado o período de euforia, esses pequenos negócios começaram a entrar em colapso. Durant se aproveitou disso e passou a comprar todos pagando preços módicos. Assim surgia a General Motors, um aglomerado de fábricas que com o tempo incluiu a Chevrolet, a Cadillac, a Oldsmobile, entre outras. Na verdade, essa grande variedade de empreendimentos sob o mesmo teto deu à GM seu diferencial. Várias fábricas, vários tipos de carros. E enquanto Ford produzia carros iguais, sem segmentar os consumidores, a Toyota estava ainda muito longe para interferir no maior mercado de todos, os EUA. Assim a GM surge entre os dois, adotando a linha de montagem de Ford, porém opta por construir carros diferentes para diferentes tipos de consumidores.

Carros e Capitalismo Parte 1: Ford

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FORD. Estados Unidos. Automóveis. 1902.

fordVocê provavelmente já está bem crescido para saber que vive num sistema econômico chamado capitalismo. Se não sabe, deve pelo menos ter noção de que esse sistema é movido pela alta capacidade de produção e pela conseqüente alta rotatividade das mercadorias. Nada mais óbvio: se alguém produz muito, deve vender muito. E para vender muito, alguém deve estar disposto a comprar.

No entanto, talvez lhe seja desconhecida a informação de que o nosso alto padrão de consumo em termos quantitativos se deve a um engenheiro mecânico chamado Henry Ford. Ele era um cara que gostava de construir coisas, em especial automóveis. Por conta própria construiu um modelo movido à gasolina e mostrou ao patrão Thomas Edson, o famoso inventor. Edson era um grande visionário e logo viu que o carro de seu empregado tinha futuro. Ford ficou tão empolgado que pediu demissão e foi procurar dinheiro para construir sua própria fábrica de automóveis.

O blue jeans da Levi’s

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LEVI’S – Estados Unidos. Jeans. 1873.

levisDizem os entendidos de moda que se a pessoa usar calça jeans e camiseta ela estará bem vestida em qualquer lugar. Eu até concordo, mas o fato é que usar jeans antigamente não era coisa de gente cool, era coisa de marinheiro mesmo. No século XVI, em Gênova, o pessoal dos barcos usava calças muito grosseiras, feitas de algodão e tingidas de azul índigo. A roupa era grossa e resistente, perfeita para os marinheiros da época, que provavelmente só teriam grana para comprar uma única calça durante a vida toda.

Essas qualidades do tecido interessaram os franceses. Lá a invenção era chamada de bleu de Genes, expressão que significa literalmente “azul de Gênova”, referência à origem e à cor comum da roupa. Para azar de Gênova a França gostou tanto do jeans (termo inspirado na pronúncia de Genes) que logo passou a dominar seu processo de fabricação. A cidade que tinha as indústrias mais desenvolvidas do setor era Nimes. Por causa disso, com o passar do tempo, o tecido até adquiriu outro nome: sarja de Nimes (serge de Nimes), mais tarde denominado apenas como Denim (de Nimes).

O Denim (jeans) fazia muito sucesso na Europa por causa de suas muitas qualidades e baixo preço. Atraía principalmente trabalhadores braçais pobres, os quais precisavam contar com uma roupa resistente e que ao mesmo tempo oferecesse algum tipo de proteção ao corpo. Nesse tempo, já no século XVIII, o jeans não era muito popular como calça, mas sim vendido no formato de macacão. As coisas começaram a mudar quando o ponto fraco das roupas feitas em jeans foi solucionado. Para entender o que aconteceu, antes é preciso revelar algo chocante. Por incrível que pareça, a pessoa que deu o nome à calça Levi’s não teve o papel mais importante no processo que revolucionou o uso do jeans. Na verdade outras três pessoas foram responsáveis por isso: Jacob Davis, James Dean e Calvin Klein.