Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. Bem ao centro, havia uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado contra os que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e enchiam de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.
Um segundo macaco veterano foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato.
Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu.
Um quarto, e afinal o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
– “Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui“.
[Animação de Michael Basilisco via Kuriositas, texto via SCM]
Um cometa descoberto pelo astrônomo amador Terry Lovejoy no último novembro — o terceiro cometa encontrado por ele de seu quintal! — tem oferecido alguns dos mais surpreendentes espetáculos em um bom tempo. Com ao redor de 500 metros de diâmetro, o cometa Lovejoy sobreviveu a uma aproximação ao Sol e pouco antes do Natal foi capturado da Estação Especial Internacional.
No vídeo acima, você vê o céu noturno do planeta a 300 km de altitude no espaço. Os lampejos são relâmpagos de tempestades, e então, pouco antes de cruzar a linha do alvorecer, surge o cometa com suas duas longas caudas. Apesar das aparências ele não está mergulhando em direção à Terra, muito longe disso, apenas o ângulo das imagens o coloca nessa posição. Continue para um vídeo capturado do observatório de Paranal, no deserto do Chile, com ainda mais detalhes deste sinal astronômico que não revela mais profecias ou maus augúrios, mas apenas conhecimento sobre um corpo distante do sistema solar fazendo uma rápida visita e nos lembrando como há um Universo infinito de surpresas a apreciar.
Apofenia, ou aquilo que Michael Shermer chama “padronicidade“, a tendência a reconhecer padrões. Quanto mais imagens você tenha visto, é mais provável que veja automaticamente algo que não é bem uma mão esquerda. Gafes em redes sociais, você pode culpar mecanismos cognitivos básicos. [via Richard Wiseman, mais exemplos de “ilusões rudes” em Forgetomori]
Você está quase adormecendo quando de repente um abismo se abre, você cai e acorda dando um pulo na cama. Tudo em uma rápida fração de segundo: se você já a experimentou, não está só. De fato é uma sensação quase tão comum quanto dormir, embora para alguns ela possa se tornar mais rara, pois a rigor é um bug do cérebro.
Quando era jovem, Albert Einstein sonhava no que veria se conseguisse surfar em um raio de luz. Cientistas do MIT conseguiram concretizar o sonho que o próprio Einstein posteriormente demonstrou ser impossível: o que você vê nos vídeos acima é a propagação de um pulso de luz movendo-se lentamente pela cena como uma onda, sendo absorvida ou refletida pelos objetos. É a Supercâmera definitiva, pois estamos vendo a velocidade mais rápida do Universo se mover tão vagarosamente quanto uma lesma.
Estaria Einstein errado? Como os cientistas fizeram isso? Na continuação.
Reserve dez minutos e entenda melhor o que torna este game um clássico tão eterno em uma de suas facetas mais importantes, a trilha sonora, bebendo diretamente das lições do cinema.
Fase por fase, em uma análise do Curso de Cinema ministrado pelo professor Felipe Trotta, da Universidade Federal de Pernambuco.
Para apreciar a Lua, basta esperar uma noite limpa. E para apreciar a Lua a quilômetros de profundidade no gelo antártico, basta observar a radiação produzida por neutrinos.
Neutrinos são partículas capazes de atravessar todo o planeta como se ele mal existisse, e neste exato momento há bilhões deles atravessando seu corpo. Não nos causam nenhum mal, e apenas muito ocasionalmente um deles interrompe seu caminho e interage. Seja com o gelo, seja com a Lua.
A mancha azul que você confere acima é a sombra da Lua detectada a 2,5 quilômetros de profundidade através do observatório IceCube, construído no pólo sul abaixo de bilhões de toneladas de gelo. São os neutrinos faltando daqueles que vêm de todos os cantos do Universo — são os neutrinos que interagiram com a Lua e interromperam seu caminho. Porém, mesmo eles são uma minúscula parcela do total, a enorme maioria continuou sua jornada como se a Lua, a Terra e o gigantesco detector nem estivessem lá. É uma sombra que atravessa planetas inteiros. [via Eureka]