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A sabedoria da estrada

Bedouin Arab John Singer Sargent

Um jovem Príncipe ansiava por assumir o trono, mas o Rei ainda duvidava de sua competência para governar. A fim de testar as capacidades do filho, o velho monarca prometeu lhe conceder imediatamente o reino caso ele respondesse corretamente a três questões. O Príncipe aceitou a proposta com tanta certeza de sucesso que não cogitou perder. Ouviu atentamente as perguntas do pai:

Rei: como se adquire o verdadeiro conhecimento?
Príncipe: por meio dos livros e dos sábios.

Rei: como se exerce influência sobre os súditos?
Príncipe: usando o dinheiro e o poder que ele proporciona.

Rei: qual é o reino mais perfeito que existe?
Príncipe: certamente é o nosso.

Muito decepcionado, o soberano abraçou o filho e lhe disse que nenhuma das respostas estava correta.

Príncipe: o que queres que eu faça agora que não fui capaz de passar no teu teste?

O pai ordenou que o filho viajasse por três anos ininterruptos. Deu-lhe um pouco de dinheiro e prometeu que o reino seria dele quando voltasse. Mesmo contrariado, o Príncipe aceitou as ordens de seu Rei e partiu sozinho para conhecer o mundo. Na estrada observou a vida das pessoas comuns e agradeceu sua sorte pela vida que tinha no palácio. Quando o dinheiro acabou precisou aprender a convencer qualquer um que pudesse lhe ajudar. Usava sua retórica para cativar amizades. Contou com a solidariedade de desconhecidos e mesmo com poucas condições também conseguiu ajudar os outros. Viu com os próprios olhos reinos melhores e maiores que o dele. Viu também lugares muito pobres e pouco desenvolvidos. Um dia voltou ao reino.Foi recebido com alegria, mas via-se que estava mudado. Seu pai refez as mesmas perguntas:

Rei: como se adquire o verdadeiro conhecimento?

Príncipe: por meio dos livros e dos sábios, mas principalmente através da experiência.

Rei: como se exerce influência sobre os súditos?

Príncipe: usando o conhecimento e sabedoria, as únicas virtudes capazes de realmente cativar as pessoas.

Rei: qual é o reino mais perfeito que existe?

Príncipe: não existe reino perfeito. Mesmo os maiores e mais ricos têm problemas, mesmo os menores e mais pobres possuem virtudes.

O Rei então deu um longo abraço no filho. “Está preparado para ser um soberano”, disse orgulhoso. Para surpresa de todos o Príncipe respondeu:

Príncipe: me perdoe meu pai, apenas voltei para me despedir. Hoje sou um homem livre por causa das lições que aprendi e sendo livre não posso me estabelecer aqui. Tornei-me um viajante. Agora não há trono que possa substituir a experiência de conhecer o mundo. A estrada é o meu lar.

O Príncipe beijou o rosto do pai e partiu sem olhar para trás. Não reivindicou dinheiro ou qualquer posse. Já tinha tudo o que precisava. Em vez de tornar-se o soberano de um único reino, viajar acabou tornando-o soberano do mundo todo.

Um grande abraço!

Pedro Schmaus

Minions, o filme

Quando acabou o primeiro filme Meu Malvado Favorito, na hora que passam os créditos, uma coisa a gente já sabia: os Minions eram muitos mais interessantes que Gru, o Malvado Favorito do título.

Favoritos mesmo eram os Minions.

Eu nunca vi ninguém usando uma camiseta com a cara do Gru ou bonecos do Gru ou capinhas de celular do Gru.

O Nerd Rabugento assistiu ao novo filme dos Minions e aqui está a opinião dele:

BANANA!

Laisser jawapan la dalam komen!

(Curiosidade: Este é o post de número 12 mil do Sedentário.)

Divertida Mente – Crítica

A intenção de Divertida Mente é ótima: explorar as emoções que carregamos, uma brincadeira de como poderia ser dentro da cabeça da gente, as diferenças entre as pessoas, as emoções que sentimos, como elas funcionam, essas coisas.

A idéia é genial, e joga na mesa um universo infinito de possibilidades.

O Nerd Rabugento assistiu ao filme de aqui está a sua opinião:

Qual a cena mais triste você viu em uma animação da Pixar?

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Crítica Jurassic World ≈ Cine Verité por Rafaela Gomes

Parque dos Dinossauros do bilionário John Hammond era ousado, talvez mais simplista dentro da sua enorme complexidade, mas ainda assim ousado. E embora ele já fosse real em 1993, era desconhecido do resto do mundo, não havia encontrado seu público ainda. Até chegarmos em 2015 e então nos depararmos com as portas de “Jurassic World” se abrindo diante dos nossos olhos vidrados. Finalmente, o Parque dos Dinossauros está aberto ao público.

Talvez você não se lembre, mas na primeira adaptação dos livros de Michael Crichton o parque estava em fase de teste. Após um terrível acidente, era necessário comprovar sua segurança e viabilidade. Em 1993 não deu muito certo, mas bons anos depois o conceito funcionou e somos levados para aquele universo de Hammond, onde homens e dinossauros se encontram e dividem o mesmo espaço.
JW_Logo_3000E o que poderia dar errado? Manipular geneticamente uma criatura tão extinta e tentar domá-la, moldando aos moldes humanos? Todos sabem que isso pode não funcionar, mas tal verdade jamais impediu que esse imperialismo em cima da vida selvagem fosse barrado. E essa teimosia humana em extrapolar os limites é mais uma vez o foco central dentro de toda a trama de “Jurassic World”. Tal como nos primeiros filmes, a sede pela manipulação humana surge novamente e sem perceber, faz uma pequena comparação à brutalidade que vemos se repetir camufladamente em parques como o Sea World.

Talvez para perceber isso seja necessário conhecer um pouco mais do parque de Orlando onde orcas e baleias são enjauladas para o divertimento humano. Talvez exija de você cerca de duas horas do seu dia para assistir ao documentário indicado ao Oscar, “Blackfish”. Independente disso, o quarto filme da franquia bilionária de Steven Spielberg traz um tom maduro suave, ao explorar com mais ênfase a agressão psicológica e escravidão que esses animais selvagens são submetidos a nosso bel prazer. Única e exclusivamente visando o entretenimento.
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E a frieza e postura calculista da chefe de operação do parque, Claire Dearing (Bryce Dallas Howard), evidenciam ainda mais essa crítica social, à medida que se contrapõe com a personalidade de Owen (Chris Pratt). Mas para não se perder dos atributos originais que fizeram de Jurassic Park um dos grandes imaginários infantis e que nos levou por noites a dentro em diversas sessões da Tela Quente, o filme se empenha em manter o tom de blockbuster com protagonistas bem jovens em cenas rápidas de ação, alívios cômicos que quebram a tensão e momentos impactantes. E o melhor, o sangue não nos foi poupado.

Steven Spielberg, como diretor executivo do quarto capítulo da saga, conseguiu manter o mesmo padrão de qualidade que vemos nos dois primeiros filmes dos anos 90. Vidas não são poupadas, tão pouco são nossos corações. Aquele mesmo frenesi de outrora volta e com um gostinho ainda melhor para os que puderam assistir “Jurassic Park” em seu auge.
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E como é bom sermos valorizados como um público fiel! A equipe de quatro roteiristas honra os saudosos ao leva-los para uma breve viagem ao túnel do tempo. Por diversas vezes o nome de Hammond (que possui sua própria estátua no parque, uma referência clara à estátua de Walt Disney em Magic Kingdom) surge, assim como seu projeto original. Não cabe aqui revelar mais do que isso, pode de fato estragar um momento glorioso no filme.

“Jurassic World” prova também que aquelas técnicas que tanto amamos dos clássicos dos anos 90 não só ainda são aplicáveis, como são muito mais eficazes que o “contar histórias” aplicado no cinema hoje. Por conta da restrição PG-13, que limita roteiros às cenas mais leves e de menor impacto, grandes produções que hoje passam por reboots, remakes ou continuações sofrem. A fim de tornar um filme “aceitável” para todos os públicos, boas histórias são picadas diante dos nossos olhos.

Contrariando o que José Padilha errou no remake de “Robocop”, “Jurassic World” vem como um filme capaz de agradar ambos os públicos, incluindo os mais antigos. Ele consegue entrar naquela margem tênue de produção que se enquadra para famílias, uma nova geração de jovens e adultos sem pecar na qualidade fílmica, inclusive no uso da tecnologia CGI. A história é progressiva, segue de forma linear. Aparentemente, Spielberg havia deixado brechas caso um novo filme chegasse. O quarto capítulo se encaixa bem dentro da cronologia do primeiro e isso é revigorante para uma trama com muitas sequências por vir.

O abrir oficial dos portões do novo parque traz um belo recomeço que honra o passado, à medida que traz também aquela mesma sensação doce que a canção tema “Welcome to Jurassic Park”, do brilhante compositor John Williams, nos trouxe lá nos anos 90: de que tudo, absolutamente tudo, ainda pode surpreender seus olhos.

Games da E3, Jurassic World, Homem Aranha e mais!

Como assim ainda não saiu o Rapidinhas do Nerd Rabugento desta semana?

Agora saiu.

As notícias desse episódio do Nerd Rabugento: Quem vai ser o ator de Homem Aranha? Quem vai dirigir Transformers 5? E os games da EA na E3? Fifa 16, foto de X-Men Apocalypse, Capitão América: Guerra Civil, The Flash, Esquadrão Suicida, Jurassic World, o último episódio de Game of Thrones e MUITO MAIS!

Qual seria o roteiro perfeito para uma continuação de Jurassic World?

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Jurassic World: Dinossauros e mais dinossauros!

Eu não botei fé em Jurassic World desde que eu vi os primeiros traileres e as minhas expectativas estavam mais perto do chão que as bolas do Tyrion Lannister.

Mas eu gosto de dinossauros e a franquia Jurassic Park foi a mais bem sucedida em me mostrar esses lagartões assassinos cheios de dentes de toda a história do cinema.

Confira a crítica do Nerd Rabugento para o filme Jurassic World:

Qual a cena dos Jurassic Park que você acha mais foda?

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