Olá Cinéfilos!
Hoje no Cinefilia S/A teremos a crítica do aterrorizante “Atividade Paranormal”. Nos trailers, o incrível musical “Nine” e o intrigante suspense do thriller britânico “Exam”. Veremos também o ranking divulgado pelo jornal “The Times” com os Melhores Filmes da Década e o fantástico visual do Curta experimental “Field“.
Título: Atividade ParanormalTítulo Original: Paranormal Activity
Direção: Oren Peli
Elenco: Micah Sloat, Katie Featherston, Michael Bayouth, Amber Armstrong, Tim Piper, Mark Fredrichs, Randy McDowell e Ashley Palmer.
Roteiro: Oren Peli
Produção: Oren Peli, Steven Schneider e Jason Blum.
Duração: 99 minutos
Ano: 2007
País: EUA
Gênero: Terror
Sempre tive um moderado medo de histórias de assombrações, fantasmas e afins. Fui do tipo de criança que via filmes de terror, ou programas de TV que exibiam matérias sobre o tema, mas ficava com medo na hora de dormir, me cobrindo até a cabeça mesmo no mais rigoroso verão – O tempo passou, eu cresci, e por muitas vezes ri ao invés de ficar assustado com alguns (atuais) filmes de terror. Não que meu nível de sadismo esteja alto demais, mas sim pelos fracos e nada convincentes longas de terror da praça, que baseados unicamente em excesso de sangue, mutilações e máscaras tentam assustar uma platéia que já conhece, há muito, estes velhos e manjados truques.
Agora, como assustar sem excessos, máscaras e sangue? Simples. Veja “Atividade Paranormal” e aprenda com o diretor e roteirista estreante Oren Peli.
Desde a viral realidade espertamente lançada pela produção “A Bruxa de Blair” em 1999, outros cineastas aproveitaram a deixa e puderam se aventurar no modo de cinema barato que o estilo “quase documentário” (mockmentary) apresentou. A ideia de ter uma câmera na mão, poucos atores, pouco dinheiro e muita criatividade, item este fundamental, fez e continua fazendo escola, e por aí passou o recém sucesso do cinema espanhol “Rec”, que entre críticas e elogios dividiu a opinião do público – Com “Atividade Paranormal” não será diferente.
A trama que mantém os nomes reais dos atores,conta a história de Katie (Katie Featherston) e Micah (Micah Sloat), um casal que tem sua tranquila rotina alterada por estranhos e recorrentes acontecimentos. Intrigados e munidos de uma câmera, começam investigar os eventos filmando tudo, principalmente à noite, quando os fenômenos acontecem com maior frequência – Dentro dessa atmosfera, Oren Peli soube utilizar e usufruir das técnicas que o seu limitado orçamento (aproximadamente US$ 15 mil) lhe oferecia. Sem trilha sonora, sangue cenográfico, maquiagens e outras firulas desnecessárias para esta produção, apostou na competência do pequeno e inexperiente elenco para desenvolver sua fantasmagórica trama, e se deu bem.
O roteiro não força a barra com clichês e segue uma linha natural de acontecimentos. Sem monstros e sustos sem motivos, o medo explorado na tela vem da bagagem de cada espectador. É claro que quem acredita em fatos sobrenaturais irá sem contorcer um pouco mais na poltrona, porém o alto nível de tensão associado à imaginação de cada um, fará com que ninguém saia ileso de, ao menos durante os 99 minutos de filme, acreditar na história do casal.
Dizem por aí que uma cópia de “Atividade Paranormal” foi parar na mão de Steven Spielberg, que começou a ver o filme à noite e aterrorizado desistiu, esperando o dia clarear para terminar de conferir o longa. Aliás, foi Spielberg o principal responsável pelo lançamento do projeto original, já que a ideia do estúdio era aproveitar o roteiro de Peli e regravar o filme com uma estrutura melhor e maior (Valeu Steven!).
Esta é sem dúvida a maior surpresa cinematográfica que tive nos últimos tempos. Nem os mais otimistas cinéfilos ou cineastas poderiam imaginar que um longa-metragem rodado na casa do próprio diretor, com um insignificante orçamento de aproximadamente US$ 15 mil, conseguiria distribuição (da Paramount/DreamWorks) e arrecadaria até o momento mais de 100 milhões de dólares. É o cinema mostrando mais uma vez que precisa de um pouco menos de burocracia, e de um pouco mais de criatividade.
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“Exam” – O Aprendiz Mortal
Segundo afirma o Omelete, o thriller britânico “Exam” é uma mistura de Jogos Mortais, Cubo e O Aprendiz (sim, aquele do Roberto Justus). O filme dirigido por Stuart Hazeldine mostra oito candidatos a uma vaga de emprego, tendo que passar pelo estágio final da seleção. Eles precisam responder uma única pergunta em 80 minutos, mas como descobrir qual é a pergunta?A estreia do filme está agendada para 08 de janeiro no Reino Unido. Confira o primeiro trailer:
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A Coleção de Beldades de “Nine”
“Nine” O novo musical dirigido por Rob Marshall (Chicago) é um colecionador de beldades do cinema. No elenco, estão lindas estrelas como Nicole Kidman, Penélope Cruz, Kate Hudson, Marion Cotillard e Fergie (sim a vocalista do Black Eyed Peas). Além de Judi Dench e Sophia Loren.
No papel principal, Daniel Day-Lewis vive Guido Contini, um diretor de cinema que, enquanto tenta fazer um novo filme, é perseguido por todas as mulheres de sua vida, da amante à sua falecida mãe.
O longa estreia em 15 de janeiro de 2010 nos cinemas do Brasil. Por enquanto, confira um novo trailer legendado:
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Os Melhores Filmes da Década segundo o “The Times”
Com o ano de 2010 chegando, as listas com os melhores filmes da década começam a pipocar na internet. O ranking da vez foi divulgado pelo jornal britânico “The Times” que listou os 100 Melhores lançados no cinema a partir de 2000.
O longa “Caché” de Michael Haneke ocupou o topo da lista. Confira os 30 primeiros colocados:
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1 – “Caché” (2005)
2 – “Ultimato bourne” (2007)
3 – “Onde os fracos não têm vez” (2007)
4 – “O homem urso” (2005)
5 – “Team America: detonando o mundo” (2004)
6 – “Quem quer ser um milionário?” (2008)
7 – “O último rei da Escócia” (2006)
8 – “007 – Cassino Royale” (2006)
9 – “A rainha” (2006)
10 – “Hunger” (2008)
11 – “Borat” (2006)
12 – “A vida dos outros” (2006)
13 – “This is England” (2007)
14 – “4 meses, 3 semanas, 2 dias” (2007)
15 – “A queda – As últimas horas de Hitler” (2004)
16 – “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” (2004)
17 – “O segredo de Brokeback Mountain” (2005)
18 – “Deixe ela entrar” (2008)
19 – “Voo United 93” (2006)
20 – “Donnie Darko” (2001)
21 – “Boa noite e boa sorte” (2005)
22 -“Longe do paraíso” (2002)
23 – “O equilibrista” (2008)
24 – “Extermínio” (2002)
25 – “Dançando no escuro” (2000)
26 – “Minority report – A nova lei” (2002)
27 – “Sideways – Umas e outras” (2004)
28 – “O escafandro e a borboleta” (2007)
29 – “Quero ser John Malkovich” (2000)
30 – “Irreversível” (2002)
Fonte: G1
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“Field” é um Curta de Animação com um visual incrível, produzido com After Effects e 3D Max. Quem já se aventurou em tentar produzir algo com estes softwares sabe a dificuldade que é para chegar em um resultado como este. Play!
Além do S&H, Adriano Martins escreve para o Cinemando