Os covardes já estão mortos

Colunas, Mundo Hiperativo By jul 06, 2016 No Comments

Layers of fear - Bartosz Kapron

Eu vejo pessoas com medo. Eu vejo gente boa baixar a cabeça diante de um chefe babaca temendo perder um emprego ordinário. Eu vejo alguém deixar de conhecer um bom restaurante porque ele fica em um bairro desconhecido ou abrir mão de uma boa conversa por sentir receio do outro.

Eu não sei porque sentimos tanto medo. Talvez seja o excesso de notícias ruins, afinal elas chamam mais atenção, elas vendem mais jornais. De qualquer forma eu quero lhe dizer: não sinta medo. Quem sente medo já está morto. Não há vida que preste se rodeada o tempo todo de temor.

Não vou mentir, eu sei que esse mundo é perigoso, mas a sua sensação de segurança é falsa. Você não está mais a salvo que ninguém. A morte inevitavelmente chegará para todos. Como ela irá lhe encontrar? Satisfeito ou insatisfeito com a vida que teve? O que vale não é a quantidade de dias vividos, mas a variedade das experiências.

E se o novo lhe der um frio na barriga lembre-se que você pertence a uma espécie que saiu DESCALÇA da África e mesmo assim colonizou o planeta inteiro. Os nossos antepassados atravessaram cordilheiras e desertos por pura audácia. A aventura está em seu sangue, é um traço fundamental da sua condição humana.

Não deixe que os outros lhe encham de medo. Ouse. A coragem é a maior qualidade que existe.

Um abraço!

Pedro Schmaus

Author

Sacerdote da Santa Igreja do Culto ao Nintendinho, Ryu se declara um rapaz casto e introvertido, no fundo desculpas para seus constantes fracassos com as mulheres. Adora surfar, mas não sabe nadar e sonha em conhecer uma praia. Ex-modelo, ex-feirante, ex-atriz, ex-torcedor do Mixto, Evel na verdade é um extraordinário colecionador da série telecurso 2º grau, sabe de cor e salteado todas as lições de química e marcenaria contemporânea. Amante da boa cozinha, não dispensa um churrasco de gato no boteco da Zuleide. Adora aventura e sempre que pode arrisca-se no truco indoor, desde que o ambiente seja refrigerado. "Onde há flor não há envido!"