A árvore do Ténéré era uma solitária acácia já considerada a árvore mais isolada do mundo — a única em um raio de mais de 200 km. Era um marco para as caravanas que atravessavam o Ténéré, região do deserto do Saara no nordeste da Nigéria.
Essa acácia era a última sobrevivente de um grupo de árvores que vicejavam quando o deserto era menos seco. A árvore permaneceu solitária por décadas: um poço aberto perto dela no inverno de 1938-1939 mostrou que suas raízes buscavam água a trinta e cinco metros de profundidade.
Quando viu a árvore em 1939, o comandante Aliado Michael Lesourd escreveu como:
“Alguém deve ver a árvore para acreditar em sua existência. Qual é seu segredo? Como ela ainda vive, apesar da quantidade de camelos que pernoitam ao seu redor? Por quê os numerosos tuaregs das caravanas de sal não cortam seus ramos para fazerem fogueiras para aquecer seu chá? A única resposta é que essa árvore é considerada tabu pelos caravaneiros. Há uma espécie de superstição, um arranjo tribal que é sempre respeitado. Todo ano os azalai acampam perto da árvore durante a travessia do Ténéré. A acácia se tornou um farol vivo, o primeiro ou último marco para os que deixavam ou retornavam a Agadez para irem a Birma.”
A árvore foi derrubada por um motorista de caminhão bêbado em 1973. Não foi a única colisão de um veículo com a árvore, mas foi a última. Os restos da árvore morta foram depositados no Museu Nacional da Nigéria e uma escultura de metal foi colocada no local original. [Wiki-pt, via Janela Lateral]