Campus Party, primeiras impressões

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Já está oficialmente rolando a segunda edição do maior encontro de tecnologia do país, a Campus Party. Estive lá essa noite para a abertura oficial e, como fui no evento anterior em 2008, posso retratar algumas primeiras impressões. Sinto falta do evento passado, sério. Esse ano ele acontece no “Centro de Exposições Imigrantes” que, além de completamente fora de mão para a maioria dos paulistanos, não chega aos pés da “Bienal do Ibirapuera”.

Posso enumerar diversos pontos fracos desse ano (que não existiam no ano passado). Primeiro a falta de ar condicionado que, quando você está sozinho nem percebe, mas no verão, em um ambiente fechado com mais 5.999 participantes e milhares de computadores, a coisa fica triste. Outro ponto que pode ser chamado de “frescura”, mas eu não suporto cadeiras de plástico. São feias e altamente desconfortáveis. E uma cadeira confortável é mais que necessário para um evento onde a grande maioria das pessoas fica sentada quase que todo o tempo durante uma semana. Outro, a bagunça: o evento passado me pareceu muito mais organizado que esse. O ambiente não é confortável (tudo é muito junto, a sensação de aconchego passa longe e não dá vontade de continuar por lá durante muito tempo, como no outro ano), as áreas destinadas às palestras parecem muito próximas das bancadas com os computadores, não deixando nem um, nem outro confortável e as áreas de tecnologia não são divididas (o que é bom e ruim: as pessoas acabam se misturando, diluindo as “panelas”, mas fica super complicado encontrar amigos e conhecidos no meio de 6.000 pessoas). Isso tudo e eu nem cheguei perto das barracas ainda.

Pelo menos uma notícia boa: as lanchonetes ficam abertas agora até de madrugada (pelo menos até as 3:00 da manhã quando fui embora). Não sei se é questão de costume, mas realmente, ao meu ver, a organização relaxou um pouquinho nessas questões esse ano. Lembrando: foi apenas o primeiro dia (ou melhor, noite!) e essas foram apenas as primeiras impressões.

Ainda estou com uma grande expectativa com os painéis de debates e workshops que irão acontecer. Além de ter contato com outras pessoas, conhecer gente nova e tudo mais que um evento dessa magnitude proporciona.

De qualquer forma, com prós e contras, é um evento indispensável para quem curte tecnologia ou trabalha com algo relacionado a ela. Tem muita coisa bacana acontecendo e muita coisa ainda para acontecer. Quem puder passar lá, releve por um momento o calor, desconforto, falta de internet wi-fi, entre outras cositas e visite, converse, interaja, aprenda. É uma experiência única realmente. Ficamos aqui na torcida para com os próximos dias e que a Campus Party seja tão boa, se não melhor, que a edição passada.

Desde garoto sofre com as brincadeiras de seus professores que na hora da chamada insistem na piadinha “é o Júnior da Sandy?”. Otimista de plantão, acredita em duendes e no Brasil sem corrupção. Não ouviu o último do Caetano, mas achou uma merda. Leu todos os clássicos da literatura universal sempre com uma revista de sacanagem aberta no meio. Inventou a vassoura com MP3 player e câmera digital e pretende ficar rico com isso. Pretende fazer um mochilão a pão e água de Mossoró a Sinop no próximo ano. Nunca viu um disco voador e morre de medo de barata, “mas só daquelas grandes que voam”.