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arqueologia

Os Moai da Ilha de Pácoa caminhavam

As estátuas andaram“, respondiam os habitantes da Ilha de Páscoa quando os visitantes perguntavam como as esculturas de pedra de toneladas, os Moai, haviam ido das pedreiras a distâncias que podiam passar de quilômetros.

Com apenas três cordas, 18 pessoas, ritmo e engenhosidade uma equipe de arqueólogos fez um novo Moai andar novamente. A réplica de 5 toneladas andou vários metros e demonstrou que a teoria defendida pelos arqueólogos Terry Hunt e Carl Lipo é plausível. Segundo eles, ao contrário da visão mais aceita que atribui aos nativos a destruição de vastas áreas de floresta para arrastar as estátuas gigantes deitadas sobre troncos, o folclore que fala de estátuas andando merece maior crédito.

A barriga proeminente das estátuas facilitaria o gingado, assim como uma base em D. A técnica é mais complicada e sujeita a erros, e as muitas estátuas caídas no caminho das pedreiras até seu destino final seriam estátuas que talvez tenham… tropeçado.

Mais informações, em inglês, na National Geographic, e para mais demonstrações de engenhosidade humana movendo megalitos com toneladas, confira o trabalho de Wally Wallington.

A vida de uma artista há 13.000 anos

Nas cavernas de Rouffignac na França, estendendo-se por quilômetros podemos encontrar arte nas paredes criada na Idade da Pedra, há mais de uma dezena de milhar de anos. São pinturas retratando animais do paleolítico como mamutes e bisões, bem como uma profusão de marcas mais abstratas, deixadas pelos rastros de dedos em superfícies macias.

Aqui está o fascinante: medindo o tamanho dos traços bem como os pontos onde começaram a criar marcas, em uma espécie de CSI mais conhecido como arqueologia, cientistas demonstraram que podem identificar a idade e mesmo o sexo dos artistas! Foi assim que descobriram que uma das mais prolíficas artistas de Rouffignac foi uma garotinha de aproximadamente cinco anos de idade.

As marcas se estendem por cavernas nas profundezas do complexo subterrâneo, e muitas delas estão a uma altura que as crianças — a garotinha não estava só — só poderiam ter alcançado se fossem levantadas por um adulto.

E é assim que sabemos que em algum momento há 13.000 anos, em uma caverna na França, uma pequena garotinha de cinco anos criou arte, segurada por um adulto, em uma cena imortalizada nas profundezas da Terra. Nossas lendas mais antigas não duraram tanto, mas a imagem que você vê são os dedos daquela menina atravessando o tempo. [via Fogonazos]