Ganhador do Oscar de melhor curta de animação em 1983, “Tango” do polonês Zbigniew Rybczyński apresenta um único cenário onde as mesmas ações, cada vez mais absurdas, vão se repetindo até que nada menos que 36 figuras lotem o filme. Em oito minutos, vários estágios da vida de homens e mulheres passam pela tela sempre reproduzindo os mesmos gestos.
Tudo isso foi feito à mão trabalhando com uma impressora ótica sobre o negativo 16 horas por dia, durante sete meses. Apenas 15 anos depois, o diretor Mark Kohr renderia uma homenagem ao trabalho, agora com o avanço das técnicas digitais, através de um clipe que você já deve conhecer: “Redundant” do Green Day.
Repare na janela, nas roupas do garoto, na Dita Von Teese se trocando e várias outras referências ao original do polonês. Clique em (mais) para outros dois clipes inspirados por “Tango“:
Do cinema mudo até filmes desta temporada que você pode ainda nem ter visto, são 2:32s com o melhor do design transmitindo o tom de filmes em alguns segundos. [via yewknee]
A guerra havia finalmente acabado, e no calor das comemorações, um marinheiro abraça e beija uma enfermeira que acabava de encontrar na Times Square. O fotógrafo Alfred Eisenstaedt imortalizou a cena, mas sendo o ano de 1945, a imagem icônica era em preto e branco.
Era, porque o artista “mygrapefruit” colorizou e renovou a cena em um trabalho bacaníssimo.
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
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A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post em abril de 2007 era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?
Essa experiência mostra como, na sociedade em que vivemos, os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder financeiro.
Mostra-nos como estamos condicionados a nos mover quando estamos no meio do rebanho.
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