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astronomia

A Sombra da Lua, a 2,5km de profundidade

Para apreciar a Lua, basta esperar uma noite limpa. E para apreciar a Lua a quilômetros de profundidade no gelo antártico, basta observar a radiação produzida por neutrinos.

Neutrinos são partículas capazes de atravessar todo o planeta como se ele mal existisse, e neste exato momento há bilhões deles atravessando seu corpo. Não nos causam nenhum mal, e apenas muito ocasionalmente um deles interrompe seu caminho e interage. Seja com o gelo, seja com a Lua.

A mancha azul que você confere acima é a sombra da Lua detectada a 2,5 quilômetros de profundidade através do observatório IceCube, construído no pólo sul abaixo de bilhões de toneladas de gelo. São os neutrinos faltando daqueles que vêm de todos os cantos do Universo — são os neutrinos que interagiram com a Lua e interromperam seu caminho. Porém, mesmo eles são uma minúscula parcela do total, a enorme maioria continuou sua jornada como se a Lua, a Terra e o gigantesco detector nem estivessem lá. É uma sombra que atravessa planetas inteiros. [via Eureka]

O Tao Zodiacal

Na busca pelo céu mais escuro no planeta Terra, astrônomos produziram esta imagem composta do céu dos dois hemisférios opostos, delineado por um tênue “S” lembrando o Taijitu que ilustra o conceito de Yin Yang. Apreciar mais outra poesia do real, na continuação.

Eppur si muove: Sinta a Terra Girar

A quase três quilômetros de altitude no deserto de Atacama no Chile, um conjunto de quatro grandes espelhos refletem a luz das estrelas mais distantes para gerar algumas das mais nítidas imagens dos mais tênues pontos de luz: é o singelamente chamado “Telescópio Muito Grande” (VLT) do Observatório de Paranal.

Pois é observando o observatório muito grande que algo de tirar o fôlego pode ser redescoberto.

Navegue pelo Sistema Solar com seu navegador!

Solar System Scope é um planetário online que abre em seu navegador, sem precisar instalar nada e simplesmente espetacular: tridimensional, de navegação intuitiva incluindo a scroll wheel de seu mouse. Na barra inferior está o controle de tempo, e você pode selecionar datas ou avançar e retroceder o tempo, vendo os planetas girando loucamente.

Na barra esquerda estão as opções mais avançadas, permitindo transformar a visão para um modelo geocêntrico ou uma visão panorâmica, exibindo melhor o zodíaco e o movimento retrógrado. Você também pode ajustar a escala dos planetas e suas órbitas — na visão inicial, os planetas são exibidos muito maiores do que realmente são, e as órbitas muito mais próximos do que descrevem. Na escala real é fabuloso, e como dizia Carl Sagan, um exercício de humildade ver como são pontos minúsculos em um vasto espaço de órbitas distantes e imensas. Também se pode ativar a visão de constelações, ou as estrelas como pontos brilhantes no céu, entre muito mais.

Há literalmente uma infinidade de descobertas e conhecimentos envolvidos nesta simulação de nosso sistema solar, e é fantástico poder brincar e simular algo que repesenta um esforço de milhares de anos por compreender as luzes no céu.

E mesmo este é apenas um modelo, uma simplificação da realidade: você sabia que a órbita de Plutão, por exemplo, e por decorrência a de todo o sistema solar é a longo prazo caótica? Mas esta já é outra história, para outra coluna. Por ora, que este planetário digital executado em Flash represente algo da ciência que liga a vastidão dos céus às proezas de nossas mentes, e vice-versa. [via Amazing.es]