Um milhão; bilhão; um trilhão. Quando colocamos estas nomenclaturas simples, parece que este valor não é nada. A nossa mente descontínua não consegue “imaginar” esse valor. Temos uma forma de te mostrar o quanto vale esse valor enorme.
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Forte abraço!
Há 400 anos, observando o céu através da então nova invenção do telescópio, descobrimos que o planeta Saturno era rodeado por enormes anéis. Pois na semana passada a sonda espacial Cassini , nossa enviada robótica viajando além dos anéis de Saturno a mais de 1 bilhão de km de distância, observou a Terra de volta e capturou uma série de imagens inspiradoras.
Desse nosso vizinho no sistema solar todo nosso planeta é apenas um pálido ponto azul:
Não satisfeito em chorar ou espremer uma toalha molhada no espaço, o astronauta Chris Hadfield toca um cover do clássico “Space Oddity” de David Bowie, direto da estação espacial internacional.
Lembra todos aqueles efeitos especiais sofríveis estilo Chapolin de gravidade zero, aerolitos voadores e tudo mais? Pois é assim que um clipe de rock no espaço de verdade se parece. A esfera azul lá embaixo não é um chroma key, não é computação gráfica. Somos nós. É Hadfield cantando sobre o major Tom em órbita a mais de 300km de altitude. [via Fogonazos]
“Todo átomo em seu corpo veio de uma estrela que explodiu. E os átomos em sua mão esquerda provavelmente vieram de uma estrela diferente daqueles em sua mão direita. É realmente a coisa mais poética que conheço sobre a física: Vocês são todos poeira de estrelas. Não poderiam estar aqui se estrelas não tivessem explodido, porque os elementos – o carbono, nitrogênio, oxigênio, ferro e todas as coisas que importam para a evolução e a para a vida – não foram criados no início dos tempos. Eles foram criados nas fornalhas nucleares de estrelas, e a única forma deles formarem seu corpo é se essas estrelas forem gentis o bastante para explodir. (…) As estrelas morreram para que você estivesse aqui hoje”. — Lawrence M. Krauss, físico
Com roteiro de Jane Gregorio-Hetem (IAG/USP) e Annibal Hetem Jr. (UFABC), projeto gráfico e ilustrações de Marlon Tenório e financiamento pelo CNPq, essa animação bacana explica algo dessa poesia da realidade, através da origem do ferro.
No final de agosto algumas das mais impressionantes imagens de nosso Sol foram capturadas pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO) da NASA, enquanto um filamento de plasma superaquecido de mais de 300.000 quilômetros de tamanho se desprendeu do astro-rei, a milhares de quilômetros por segundo, estendendo-se rapidamente por milhões de quilômetros no espaço. Mais de 30 planetas Terra caberiam enfileirados ao longo do filamento, e isto quando ainda estava preso aos extremos campos eletromagnéticos do Sol.
A cordilheira do Himalaia, a mais alta cadeia de montanhas do planeta, flagrada da Estação Espacial Internacional pelo astronauta André Kuipers.
Desse distante ponto de observação, percebemos como a tênue camada daquilo que chamamos de atmosfera, ou todo o ar que respiramos, deixa exposta a cadeia de montanhas com centenas de picos com mais de sete quilômetros de altitude. Ainda há ar por lá, mas um ar tão ralo que não pode abrigar cidades humanas permanentes. Ninguém mora no teto do mundo, ele é apenas visitado. O topo do mundo está descoberto e desabitado.
Apreciar esse flagrante do teto do mundo pode se tornar mais profundo se lembrarmos que mesmo o ponto mais alto de todos, o ápice do Monte Everest, com seus 8.846 metros, representa menos de um milésimo do diâmetro do planeta. Pinte uma bola de bilhar com uma fina mão de tinta, e esta mão de tinta terá o dobro da altura do Everest — se a bola de bilhar fosse do tamanho da Terra.
O cobertor da pequena mistura de atmosfera presa à gravidade terrestre que mantém uma frágil e instável quantidade de umidade representa tudo aquilo que consideramos como o mundo em que vivemos. Uma mão de tinta em uma bola de bilhar tem o dobro da espessura desta fina camada de mundo.
Um cometa descoberto pelo astrônomo amador Terry Lovejoy no último novembro — o terceiro cometa encontrado por ele de seu quintal! — tem oferecido alguns dos mais surpreendentes espetáculos em um bom tempo. Com ao redor de 500 metros de diâmetro, o cometa Lovejoy sobreviveu a uma aproximação ao Sol e pouco antes do Natal foi capturado da Estação Especial Internacional.
No vídeo acima, você vê o céu noturno do planeta a 300 km de altitude no espaço. Os lampejos são relâmpagos de tempestades, e então, pouco antes de cruzar a linha do alvorecer, surge o cometa com suas duas longas caudas. Apesar das aparências ele não está mergulhando em direção à Terra, muito longe disso, apenas o ângulo das imagens o coloca nessa posição. Continue para um vídeo capturado do observatório de Paranal, no deserto do Chile, com ainda mais detalhes deste sinal astronômico que não revela mais profecias ou maus augúrios, mas apenas conhecimento sobre um corpo distante do sistema solar fazendo uma rápida visita e nos lembrando como há um Universo infinito de surpresas a apreciar.